Santiago (Chile), 19 abr (EFE).- Os técnicos e jogadores do Deportivo Huachipato, assim como a imprensa esportiva chilena, culpam nesta sexta-feira o técnico do Grêmio, Vanderlei Luxemburgo, pelos incidentes ocorridos após empate em 1 a 1 entre os dois times pelo grupo 8 da Taça Libertadores, no estádio CAP, em Talcahuano.
O resultado representou a classificação do Tricolor gaúcho com a segunda posição da chave, atrás do Fluminense. A equipe de Porto Alegre superou o adversário da noite desta quinta no saldo de gols.
Segundo atletas e membros da comissão técnica do Huachipato, Luxemburgo caçoou deles com gestos e dançando, além de dizer ao preparador físico Marcelo Rosenblat que agora eles estão de férias.
O comandante do Grêmio se dirigia ao vestiário quando tentou se esquivar de dois jogadores adversários e caiu. Com o treinador caído, a confusão ganhou cada vez mais envolvidos, e os policiais tiveram que intervir.
"Eu acredito no que disse meu preparador físico. Ele (Luxemburgo) foi irônico e tentou caçoar de nós e do Huachipato, isso é uma conduta antidesportiva. Ele disse que sairíamos de férias, com gestos com a mão", relatou o técnico da equipe chilena, Jorge Pellicer.
"Felizmente, houve quem contivesse a situação. Eu não tive contato com o treinador adversário, mas a atitude dele não cabe em uma pessoa que supostamente carrega uma carga de prestígio. São atitudes que não condizem com a conduta esportiva", completou, criticando.
Pellicer ainda acusou que Luxemburgo de ter tratá-lo ainda de maneira hostil no jogo entre Grêmio e Huachipato em Porto Alegre, na estreia dos dois times no grupo 8, que terminou com vitória chilena por 2 a 1.
"Me aproximei dele para me despedir, e ele não me tratou bem. Me dá uma a mão mostrando insignificância e ainda ouço ele atribuir o resultado ao fato de a arbitragem ser argentina, que fala espanhol e teria nos favorecido", recordou.
O Huachipato se uniu aos outros representantes chilenos na Libertadores, o Deportes Iquique e o Universidad do Chile, que já estavam eliminados. É a primeira vez desde 2008 que o país não tem representantes nas oitavas de final da competição. EFE