Por Jonathan Stempel
(Reuters) - A Nvidia, cujos chips alimentam a inteligência artificial, foi processada por três autores que afirmaram que seus livros, protegidos por direitos autorais, foram usados sem permissão para treinar a plataforma de IA NeMo.
Os autores Brian Keene, Abdi Nazemian e Stewart O'Nan disseram que seus trabalhos faziam parte de um conjunto de dados de cerca de 196.640 livros que ajudaram a treinar a NeMo para simular a linguagem escrita comum, antes de serem retirados do ar em outubro "devido a denúncia de violação de direitos autorais".
Em uma ação coletiva apresentada na noite de sexta-feira no tribunal federal de São Francisco, os autores disseram que a remoção reflete o fato de a Nvidia ter “admitido” que treinou a NeMo no conjunto de dados e, portanto, violou seus direitos autorais.
Eles estão buscando indenizações não-especificadas para pessoas nos Estados Unidos cujas obras que são protegidas por direitos autorais tenham ajudado a treinar os chamados grandes modelos de linguagem da NeMo nos últimos três anos.
A Nvidia não comentou sobre o caso neste domingo e os advogados dos autores não responderam aos pedidos de comentários adicionais.
O processo leva a Nvidia a mais um litígio movido por escritores, assim como pelo New York Times, sobre IA generativa, que cria novos conteúdos com base em entradas como texto, imagens e sons.
Para a Nvidia, a NeMo é uma forma rápida e acessível de adotar IA generativa.
A ascensão da IA fez da Nvidia a favorita dos investidores.
O preço das ações da fabricante de chips com sede em Santa Clara, Califórnia, subiu quase 600% desde o final de 2022, dando à Nvidia um valor de mercado de quase 2,2 trilhões de dólares.