Money Times - A Petrobras (SA:PETR4, (SA:PETR3)) apresenta ao mercado seus números referentes ao quarto trimestre de 2017 na quinta-feira (15). Os analistas preveem números fortes graças às cotações mais altas do petróleo no período, com reflexo nos preços praticados no mercado doméstico.
O time do Credit Suisse projeta um Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) de R$ 24,5 bilhões, uma alta de 28% na comparação com o trimestre anterior. Quanto ao acumulado do ano, a expectativa é de um lucro líquido de R$ 449 milhões, ainda abatido por itens não-recorrentes, como o acordo de US$ 2,95 bilhões com a Justiça em Nova York.
Se confirmado o cenário base do banco suíço, “a Petrobras quebrará a série de prejuízos líquidos nos últimos três anos e, ainda, os acionistas preferencialistas receberiam um dividendo ao redor de 0,5% de dividend yield. Nós ainda não a vemos como uma clara oportunidade em termos de pagamento de dividendos”, diz relatório assinado por Andre Natal e Regis Cardoso.
Ainda no balanço, “olhando para o negócio de refinaria, supomos que a Petrobras não recuperou nenhuma fração de participação de mercado durante o quarto trimestre, com as importações mantendo-se constantemente elevadas, e esperamos que as taxas de utilização sigam estáveis em 77%”, avaliam Renato Salomone e André Hachem, do Itaú BBA, em nota a clientes.
Nesta terça-feira (13) na B3, as ações preferenciais da Petrobras recuavam 0,40%, cotadas a R$ 22,24, enquanto as ordinárias se desvalorizavam em 0,59%, a R$ 23,76. No mesmo instante, o Ibovespa perdia 0,65%, aos 86.338 pontos.
Em relatório divulgado na segunda-feira (12), o analista Gustavo Allevato, do Santander (SA:SANB11), atualizou as premissas para o setor e elevou o preço-alvo para a ação PETR3 de R$ 21 para R$ 27,20, reiterando a recomendação de “compra”.
“Apesar do desempenho significativo no preço da ação a partir de dezembro de 2017, acreditamos que a Petrobras permanece uma história atrativa no setor de petróleo”, escreve o analista, ressalvando o potencial risco político em meio às eleições e enfatizando os preços do petróleo, a provável aceleração nas vendas de ativos e a desalavancagem em curso.
Por Money Times