Money Times - O time da Bradesco (SA:BBDC4) Corretora segue conservador na montagem de sua carteira recomendada do Tesouro Direto para os próximos 30 dias. O cenário é favorável para a continuidade da queda da taxa Selic no curto prazo, mas o risco fiscal prevalece na análise de médio e longo prazo.
Se, por um lado, a alta recente nas projeções para a inflação não tem afetado as perspectivas para o juro básico em 2018, na outra ponta, a indefinição sobre a reforma da Previdência repercute nas apostas em títulos de prazo mais longo.
“A diferença entre as NTN-Bs longas [em alta] e as curtas [estáveis] chegou ao maior patamar desde o início da trajetória de queda em maio e só deverá fechar se houver algum avanço na questão das reformas”, diz texto da equipe de renda fixa da Bradesco Corretora, composta pelos analistas Altair Maurílio Pereira, Caio Lombardi e André Sonnervig.
Segundo relatório enviado a clientes, embutindo na conta a incerteza sobre o equilíbrio das contas públicas, o portfólio conta com 70% do total aplicado em títulos indexados à inflação (vencimento em 2024), 15% em títulos prefixados (Tesouro Prefixado 2020) e 15% em Tesouro Selic.
“Com o cenário econômico atual, continuamos alocando preferencialmente em títulos indexados à inflação, considerando que o investidor se protege da inflação no médio prazo e ainda consegue um juro real atrativo. Considerando o maior risco de taxa de juros dos títulos longos, continuamos indicando os títulos mais curtos.”
Nas contas da equipe da Bradesco Corretora, a taxa Selic encerrará este ano em 7% ao ano e será elevada em 2018 até 8% ao ano.