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Obama pede diálogo sobre dívida, mas exige que ricos paguem mais impostos

Publicado 09.11.2012, 19:42
Atualizado 09.11.2012, 20:14

Miriam Burgués.

Washington, 9 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convidou nesta sexta-feira os republicanos a dialogar para um acordo que reduza a avultada dívida e evite o risco de um abrupto ajuste fiscal a partir de janeiro, mas também afirmou que não aceitará um plano que não inclua aumentos de impostos aos mais ricos.

Em seu primeiro discurso na Casa Branca após ter ganhado a reeleição na terça-feira passada, Obama deixou claro qual é sua prioridade nos pouco mais de dois meses que lhe restam antes do fim de seu primeiro mandato.

Trata-se de evitar a todo custo o temido "abismo fiscal", uma combinação de cortes automáticos no orçamento com o final das isenções de impostos do governo de George W. Bush que acontecerá a partir de janeiro se republicanos e democratas não chegarem a um acordo no Congresso para reduzir o déficit em longo prazo.

Por isso o presidente convidou hoje os líderes republicanos e democratas no Congresso a dialogar na próxima semana na Casa Branca para "construir um consenso", na linha do apelo ao bipartidarismo e à unidade para solucionar os problemas do país presente em seu discurso vitorioso da noite das eleições.

Obama afirmou que está "aberto a novas ideias" para chegar a um acordo sobre a dívida, mas reiterou que seu plano contempla combinar cortes na despesa com aumentos de impostos aos mais ricos, o que desagrada aos republicanos.

"Temos que combinar cortes de despesas com receitas e isso significa pedir aos americanos mais ricos que paguem um pouco mais", ressaltou Obama durante seu discurso na Sala Leste da Casa Branca, na qual esteve acompanhado de seu vice-presidente, Joe Biden.

O líder se declarou "aberto ao compromisso", mas também insistiu que não aceitará nenhum plano de redução do déficit que não seja "equilibrado".

"Não estou casado com cada detalhe do meu plano", sustentou antes de afirmar que as eleições de terça-feira passada evidenciaram que "a maioria dos americanos" está de acordo com suas ideias.

Os americanos "querem cooperação, consenso e bom senso. Mas, principalmente, querem ação", ressaltou Obama.

"Vamos estender os cortes de impostos à classe média", pediu o presidente ao Congresso, em referência a sua proposta de prorrogar as reduções tributárias às famílias que ganham menos de US$ 250 mil anuais.

Por sua parte, os republicanos querem que essas reduções se apliquem a todos os cidadãos, inclusive os mais ricos.

Depois do discurso de Obama, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, declarou em entrevista coletiva que o presidente vetará qualquer lei que implique em ampliar as reduções tributárias aos 2% mais ricos da população.

Se Obama se manteve firme e reiterou suas ideias, o líder dos republicanos na Câmara dos Representantes, John Boehner, lhe instou a liderar as negociações e que "se envolva com o Congresso e trabalhe por uma solução que possa ser aprovada por ambas câmaras".

Os republicanos controlam a Câmara dos Representantes, enquanto os democratas são maioria no Senado, o que obriga a um entendimento entre os dois partidos para a aprovação das leis.

Boehner, presidente da Câmara dos Representantes, se mostrou aberto a dialogar sobre a redução do déficit, mas reiterou também que seu partido se opõe a qualquer proposta que inclua aumentos tributários.

"Aumentar as taxas impositivas reduzirá nossa capacidade de criar os empregos que todos estão pedindo", advertiu Boehner em entrevista coletiva apenas duas horas antes do discurso de Obama.

Enquanto isso, o senador pela Flórida Marco Rubio, uma das figuras ascendentes do Partido Republicano, indicou em comunicado que rejeita "a ideia que a única maneira de evitar o abismo fiscal seja aumentar os impostos e pôr em perigo a criação de empregos". EFE

mb/rsd

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