SÃO PAULO (Reuters) - A Odebrecht Óleo e Gás, braço do Grupo Odebrecht S.A, comunicou seus funcionários que o trabalho extenso de uma auditoria independente concluiu não haver evidência de que a companhia tenha oferecido vantagens a funcionários da Petrobras (SA:PETR4), segundo cópia de um documento ao qual a Reuters teve acesso.
Segundo a companhia, um "renomado escritório de advocacia" analisou 1,2 milhão de documentos e entrevistou diversos de seus funcionários desde agosto de 2015 até este mês, a partir das denúncias investigadas pela operação Lava Jato.
"A apuração concluiu não haver evidência da prática de quaisquer irregularidades, incluindo pagamento ou oferecimento de vantagem indevida a agentes públicos relativos ao objeto da apuração, pela empresa ou seus integrantes", diz trecho da carta.
No entanto, o escritório, cujo nome não foi citado, deu recomendações para reforçar o sistema de conformidade da empresa, que também informou ter aderido ao Pacto Global da ONU e ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção do Instituto Ethos.
O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, está preso desde junho de 2015, acusado de estar entre os protagonistas do escândalo alvo da Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras, empreiteiras, políticos e partidos. Em março, ele foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
No mês passado, a Reuters publicou com fontes que a Petrobras pediu para que a OOG paralisasse quatro de seis sondas de perfuração contratadas, o que poderia levar a OOG a pedir recuperação judicial.
(Por Aluisio Alves; Edição de Raquel Stenzel)