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Oferta de imóveis do MCMV encolhe no 1º semestre, mas setor espera retomada

Publicado 28.08.2023, 12:18
© Reuters. Rio de Janeiro, Brasil
14/11/2014. 
REUTERS/Ricardo Moraes

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria da construção aguarda uma retomada de lançamentos imobiliários focados no programa Minha Casa Minha Vida a partir do segundo semestre deste ano, depois que o setor terminou junho com estoque baixo, suficiente para menos de um ano de vendas, afirmaram representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), nesta segunda-feira.

"A participação (do MCMV) em lançamentos caiu de 48% no segundo trimestre de 2021 para 31% no segundo trimestre deste ano", afirmou Celso Petrucci, presidente da comissão da indústria imobiliária da entidade, em apresentação a jornalistas.

"Existe a expectativa que se reverta essa situação do MCMV a partir do terceiro trimestre", disse o executivo, citando os novos termos do programa que elevaram o valor máximo do teto dos imóveis financiáveis de 264 mil para 350 mil reais.

A indústria terminou junho com estoque de imóveis enquadrados no MCMV equivalente a 8 meses de vendas, abaixo ainda do volume total do setor que é suficiente para 11 meses, ou 279,5 mil unidades, segundo os dados da Cbic.

No segundo trimestre, os lançamentos do MCMV caíram 25,8%, para 19,9 mil unidades, com a maior parte, 11,6 mil, concentrada no Sudeste. Já as vendas recuaram 26,4%, para 25,3 mil imóveis, sendo 15,7 mil no Sudeste.

© Reuters. Rio de Janeiro, Brasil
14/11/2014. 
REUTERS/Ricardo Moraes

Com isso, as unidades em oferta do MCMV recuaram em junho para 74,4 mil, queda de 25,7% sobre o volume de um ano antes. O volume equivale a 27% da oferta total, incluindo os demais padrões de imóveis. No final de 2021, o programa tinha disponibilidade de 125,8 mil imóveis em oferta, segundo os dados da Cbic.

"Olhando para o ano como um todo...vai ser muito próximo (em vendas e lançamentos) a 2022, com o terceiro e quarto trimestres mostrando recuperação sobre o início do ano", disse o presidente do Cbic, Renato de Sousa Correia, se referindo ao mercado como um todo.

 

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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