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Pacheco diz que caso da Americanas é grave e defende responsabilização

Publicado 10.03.2023, 20:46
Atualizado 10.03.2023, 20:50
© Reuters. Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco 
08/06/2022
REUTERS/Adriano Machado
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Por Rodrigo Viga Gaier

(Reuters) - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta sexta-feira considerar grave o caso do rombo contábil envolvendo o grupo varejista Americanas (BVMF:AMER3) e espera que eventuais culpados sejam responsabilizados.

Questionado se a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) protocolada nesta semana na Câmara dos Deputados para investigar a fraude fiscal poderia "subir" para o Senado, Pacheco preferiu não se manifestar, sob o argumento de que poderia ter de se posicionar caso seja pedida a abertura de uma CPI na Casa.

"A CPI é por Casas. O Senado pode fazer e a Câmara também pode. É preciso avaliar cada caso concreto e não é possível falar sem haver o apontamento do fato determinado e recolhimento de assinaturas", disse Pacheco a jornalistas após evento no Rio de Janeiro.

"Me cabe guardar a imparcialidade. Chegando à presidência (do Senado) vamos fazer essa avaliação", acrescentou.

A empresa divulgou no início do ano inconsistências contábeis de ao menos 20 bilhões de reais, o que pressionou a companhia a fazer um pedido de recuperação judicial sob o peso de mais de 40 bilhões de reais em dívidas.

"Evidentemente que é um caso grave, que chamou muita atenção e espero que tenha a melhor solução possível", declarou o senador.

"E aquele que seja responsável seja responsabilizado pela Justiça", adicionou.

O requerimento de criação da CPI para apurar as inconsistências contábeis foi protocolado nesta semana a partir da assinatura de 216 deputados, número superior aos 171 exigidos que contou, inclusive, com o apoio do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

© Reuters. Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco 
08/06/2022
REUTERS/Adriano Machado

Deputados que defendem a criação da comissão alegam que a crise causou prejuízos a investidores e danos ao mercado de capitais.

O governo investe na estratégia de apoiar a criação, na Câmara, de 5 CPIs --incluindo a da Americanas-- para monopolizar o limite de comissões em funcionamento na Casa, e diminuir a margem de manobra da oposição. Por determinação do regimento interno da Casa, não poderão funcionar mais do que 5 CPIs ao mesmo tempo.

As regras do Senado não impõem um limite para a abertura de CPIs. Não há, no momento, nenhuma CPI em funcionamento no Congresso.

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