Por Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - Autoridades europeias adotaram um tom calculado nesta sexta-feira depois que os Estados Unidos impuseram novas tarifas de 10% e 25% sobre alguns produtos da União Europeia (UE) sobre subsídios a aeronaves, com uma importante autoridade alemã alertando contra medidas que possam aumentar as tensões.
O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, disse nesta sexta-feira que autoridades da UE estão trabalhando intensamente para estabelecer um acordo comercial mais amplo com os Estados Unidos e evitar tarifas adicionais, potencialmente muito mais devastadoras, para os carros fabricados na Europa.
Questionado sobre as novas tarifas norte-americanas sobre até 7,5 bilhões de dólares em aviões, queijo, vinho e outras importações da UE que entraram em vigor nesta sexta-feira, Scholz disse que preferia uma abordagem "firme, clara e decisiva" que não provocasse uma escalada das tensões.
"Acho que funcionará no final das contas", disse ele a repórteres durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
Em Bruxelas, a chefe de comércio da UE, Cecilia Malmstrom, disse que o bloco responderá com suas próprias tarifas "no devido tempo" quando seu próprio caso contra a Boeing for julgado no início de 2020.
Apesar de algumas sugestões iniciais, Bruxelas não impôs tarifas retaliatórias imediatas contra os Estados Unidos sob as regras anteriores da Organização Mundial do Comércio (OMC).
(Por Andrea Shalal em Washington, Francesco Guarascio e Marine Strauss em Bruxelas)