Atenas, 10 jun (EFE).- O líder do Movimento Socialista Pan-Helênico (Pasok), Evangelos Venizelos, fez neste domingo um apelo às legendas que estão comprometidas com a permanência da Grécia na União Europeia (UE) e na zona do euro para a formação de um governo de união nacional.
"Está claro que os cidadãos gregos querem um governo no dia 18 de junho. Um governo que trabalhe para a permanência do país na zona do euro", ressaltou Venizelos em entrevista coletiva, durante a apresentação do plano de governo do partido socialista.
Também culpou a Coalizão de Esquerda Radical (Syriza) e os conservadores da Nova Democracia (ND) pelo impasse político na Grécia devido à falta de acordo, apesar de ambos os partidos apoiarem a permanência da Grécia na zona do euro.
"É óbvio que, apesar da vontade da maioria dos cidadãos, existe o risco de que em 18 de junho a situação permaneça bloqueada pela atitude irresponsável do Syriza e da Nova Democracia", afirmou Venizelos, que até maio foi ministro de Finanças e vice-primeiro-ministro da Grécia, durante um governo de coalizão.
No próximo domingo, os eleitores gregos vão às urnas para uma votação decisiva para o futuro do país na zona do euro, após anos de crise econômica, que provocou a disparada do índice de desemprego a 22% da população economicamente ativa.
"Mesmo se um desses partidos obtiver a maioria absoluta, não poderá governar com a maioria do povo contra si", acrescentou o líder socialista.
A proposta de oito pontos apresentada neste domingo por Venizelos foi feita aos partidos gregos - exceto ao Partido Comunista e à legenda neonazista Amanhecer Dourado - para promover a permanência da Grécia na zona do euro.
"Não fiz a proposta ao Partido Comunista porque ele se mostra contrário à participação da Grécia na União Europeia, e isso eu até respeito. Mas ao Amanhecer Dourado não fiz a proposta porque se trata de um partido que não respeita as regras parlamentares", disse Venizelos, criticando as posturas polêmicas da legenda de extrema-direita.
Em sua proposta aos partidos políticos, o líder socialista pede a formação de um governo de união nacional que leve a cabo todas as reformas necessárias, inclusive mudanças na Constituição, negocie um relaxamento da aplicação das medidas de austeridade decorrentes do segundo plano de resgate europeu à Grécia e estabeleça as bases da recuperação econômica. EFE