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Pátria entra em energia renovável apoiada em contratos com Cemig, dizem fontes

Publicado 04.06.2020, 16:58
Atualizado 04.06.2020, 17:40
© Reuters. Gado em área queimada da Amazônia

© Reuters. Gado em área queimada da Amazônia

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A gestora Pátria Investimentos voltou a apostar no setor elétrico com uma nova empresa de geração renovável, a Essentia Energia, que construirá suas primeiras usinas solares e eólicas no Nordeste, disseram três fontes à Reuters.

A empresa, que já soma ativos com capacidade total de cerca de 800 megawatts, foi formada após a aquisição de projetos renováveis pelo Pátria, que tem a firma de private equity Blackstone como sócia, conforme documentos da reguladora Aneel vistos pela Reuters.

Esses empreendimentos fecharam contratos de longo prazo para venda da produção futura à mineira Cemig (SA:CMIG4) e as obras podem ter início no segundo semestre, visando atender compromissos de entrega de energia a partir de 20220, acrescentaram as fontes, que falaram sob anonimato porque não estavam autorizadas a comentar o assunto.

A construção de projetos do porte da carteira do Pátria demandaria mais de 3 bilhões de reais, segundo estimativas de mercado. Não está claro, no entanto, se todas usinas serão implementadas de uma só vez.

Procurado, o Pátria recusou-se a comentar. A Cemig também não forneceu informações e disse que os contratos dos leilões possuem cláusulas de confidencialidade.

A Essentia surgiu ainda após o Pátria ter finalizado em março a venda de uma empresa de transmissão de energia, a Argo, criada após o grupo ter arrematado concessões no setor a partir de 2016 --a transmissora foi comprada pelo colombiano Energía Bogotá e pela espanhola Red Eléctrica Internacional, em negócio de 3,35 bilhões de reais.

"Eles começaram a entrar em renováveis. Compraram dois projetos na Bahia, um eólico e um solar. Eles devem implementar entre este ano e o ano que vem cerca de 800 megawatts em eólicas e solares", disse à Reuters uma fonte com conhecimento das transações.

Os empreendimentos atenderão contratos privados de venda de energia, no mercado livre de eletricidade, selados após leilões realizados pela estatal mineira Cemig, segundo as fontes, que não souberam precisar o volume envolvido nos contratos.

A Cemig realizou desde 2018 diversos leilões que ofereceram contratos de até 20 anos para a compra da produção futura de usinas eólicas e solares.

OS PROJETOS

O movimento do Pátria para entrar no cobiçado setor de geração renovável do Brasil teve início no final de 2019, com a aquisição de projetos em fase de desenvolvimento junto a empresas locais, disseram as fontes.

Posteriormente, os projetos foram inscritos em leilões da Cemig, nos quais obtiveram contratos de longo prazo que permitem o início dos investimentos, ainda segundo as fontes.

O empreendimento solar da empresa, conhecido como Sol do Sertão, terá cerca de 415 megawatts em capacidade e será construído em Oliveira de Brejinhos, na Bahia. O ativo foi comprado junto à Energia Capital, que ainda tem uma fatia minoritária, disse uma fonte com conhecimento da operação.

Já o projeto eólico, Ventos de São Vitor, será construído também na Bahia e poderá alcançar quase 380 megawatts. Ele foi comprado da desenvolvedora Casa dos Ventos, disse uma terceira fonte próxima ao negócio.

Dado o perfil do Pátria, uma gestora de investimentos alternativos, as expectativas são de que a empresa aposte no desenvolvimento de uma carteira de negócios em renováveis por meio da Essentia para posteriormente buscar a venda dos ativos, de acordo com as fontes.

O Pátria ainda tem uma fatia de 50,1% na termelétrica Marlim Azul (SA:AZUL4), em Macaé (RJ), em parceria com Shell e Mitsubishi Hitachi Power Systems, um empreendimento orçado em 700 milhões de dólares e que deve iniciar operação até 2022.

© Reuters. .

O grupo também já havia apostado antes em renováveis, com o lançamento em 2006 da Ersa, que investiu em pequenas hidrelétricas e parques eólicos e depois se associou à CPFL (SA:CPFE3) Renováveis. O Pátria já se desfez da participação na empresa.

(Por Luciano Costa; edição de Roberto Samora)

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