SÃO PAULO (Reuters) - A PDG Realty disse em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na madrugada desta terça-feira que ainda está apurando o motivo pelo qual uma sociedade de propósito específico na qual investe foi incluída na "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego.
A lista, que registra empregadores flagrados explorando mão-de-obra análoga à escrava no país, teve sua última atualização publicada na semana passada.
A construtora e incorporadora afirmou que "está tomando todas as medidas e ações cabíveis para promover a exclusão desta subsidiária" do chamado Cadastro de Empregadores, acrescentando que a sociedade foi incluída pela primeira vez na lista, por motivos ainda não "efetivamente conhecidos".
"Desde que tomou conhecimento sobre tal inclusão no cadastro, a companhia vem investigando a situação para compreender as razões de tal inclusão, tomar as medidas necessárias para remediá-las com a maior brevidade possível e mapear eventuais consequências", disse a PDG.
"Até que essa análise esteja concluída, qualquer manifestação por parte da companhia será prematura", concluiu.
Na última versão da lista, o MTE incluiu 91 nomes e excluiu outros 48, estes últimos por cumprimento a requisitos administrativos. Com isso, a lista passou a contar com 609 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas.
A construtora Tenda, divisão de baixa renda da Gafisa, também apareceu entre as companhias listadas em bolsa com presença na lista. Na semana passada, a companhia divulgou que estava apurando as razões que levaram à inclusão de seu nome.
(Por Marcela Ayres)