Investing.com - Após realizar a oferta subsequente de ações em setembro, que levantou cerca de R$ 500 milhões, o Banco Pan (SA:BPAN4) agora está preparando para triplicar o tamanho de sua carteira de crédito, passando a ser no segmento de baixa renda um banco completo. As informações constam da edição desta segunda-feira do Valor Econômico.
O BTG Pactual comprou o então banco Pan-Americano após fraude de R$ 4 bilhões, o que levou o empresário Silvio Santos a vender a operação para o banqueiro André Esteves. A compra ocorreu dois anos depois de a Caixa Econômica Federal ter chegado ao negócio.
Agora, oito anos depois, os sócios da instituição viram a instituição sair de um valor de mercado de R$ 2,2 bilhões para 9 bilhões, sendo que nos melhores momentos chegou a ter valor de R$ 13 bilhões. Esse resultado, explica o jornal, é resultado da expansão do mercado de ações com o plano estratégico.
Entre os fatores apresentados pelo jornal está o ROAE, sigla em inglês que representa o retorno sobre o patrimônio líquido da instituição, que subiu de 4,2% para 11,2% em um ano, com base de comparação no segundo trimestre de 2018 e 2019.
Esses números fizeram com que o banco, além de digitalização, fosse classificado como “core business” para o BTG (SA:BPAC11), principalmente devido a seus planos voltados para o varejo, operação que ficará sob cuidados de Amos Genish.
A publicação destaca que na época da aquisição, o PAN era visto como um mero projeto para ser reestruturado e vendido, foco que mudou hoje. Agora, o objetivo é transformar no maior projeto digital para trazer concorrência ao superconcentrado setor bancário.
O lançamento da conta para o público geral deve ter início ainda neste ano, aumentado o investimento em marketing. O banco, que passou por uma grande reforma na sua identidade visual em julho, prevê que as despesas com publicidade que hoje não chegam a R$ 10 milhões ao ano possam variar entre R$ 40 milhões e R$ 80 milhões.