Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) disse nesta sexta-feira que bateu recorde em vendas internas de diesel S-10, com 1,78 milhão de m³ em julho, alta de 12,7% ante nível mais elevado de comercialização da companhia registrado em julho de 2019, de 1,58 milhão de m³.
"O recorde de vendas do diesel S-10 reflete as rápidas ações comerciais implementadas com o objetivo de mitigar os efeitos da pandemia sobre a demanda de combustíveis e o direcionamento do mercado para o produto com mais baixo teor de enxofre, em substituição ao diesel S-500", afirmou a empresa em comunicado.
A petroleira também informou que a refinaria de Paulínia (Replan), localizada em São Paulo, bateu o recorde de produção de diesel S-10 pelo segundo mês consecutivo.
Em julho, a refinaria atingiu a marca de 350 mil m³, volume 22% superior ao recorde de junho, quando a produção havia sido de 287 mil m³.
Além do recorde de produção, a Petrobras disse que a refinaria obteve a melhor marca mensal de venda local do diesel S-10.
Do total de vendas da Replan, 237 mil m³ foram para a região, enquanto o restante foi destinado por oleodutos para atendimento a outros Estados. O recorde anterior era de 213 mil m³, vendidos em outubro de 2014.
"O recorde de venda local do diesel S-10 reflete o direcionamento do mercado para o produto com mais baixo teor de enxofre, em substituição ao diesel S-500, utilizado apenas por veículos fabricados até 2011", afirmou.
Julho foi a primeira vez que as vendas do S-10 superaram as de S-500 na Replan, passando a representar 51,9% do total da comercialização de diesel da refinaria.
ASFALTO
Em julho, a Petrobras também disse que houve recorde nas vendas de asfalto da empresa, atingindo 227 mil toneladas, o maior volume mensal desde setembro de 2016.
As vendas de asfalto de janeiro a julho de 2020 foram de 1,16 milhões de toneladas, representando o melhor resultado dos últimos quatro anos para esse período e um crescimento de 33% em relação ao mesmo período de 2019, disse a companhia.
HIBERNAÇÃO
Em outro comunicado, a estatal disse que sua diretoria executiva aprovou a hibernação da plataforma de Merluza (pmlz-1), localizada em águas rasas na Bacia de Santos.
A plataforma já estava com sua produção interrompida desde março de 2020, quando houve redução abrupta na demanda por gás natural.
"A hibernação permitirá a redução de gastos operacionais e a transferência de profissionais para outras unidades da Petrobras."
Segundo a companhia, a hibernação não impactará o processo de desinvestimento do Polo Merluza e o suprimento de gás natural ao mercado da Baixada Santista.
O Polo Merluza é composto pelas concessões de Merluza e Lagosta, onde a Petrobras possui 100% de participação.
Com início de operação em 1993, sua produção média em 2019 foi de 3,6 mil barris de óleo equivalente por dia de gás natural e condensado.