Por José Roberto Gomes
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) manteve nesta sexta-feira o preço médio da gasolina em suas refinarias, a 1,9750 real por litro, conforme informações no site da estatal.
O último reajuste no combustível foi na terça-feira, e de acordo com a sistemática em vigor desde setembro, que considera operações de hedge, a companhia pode segurar o valor do produto por até 15 dias.
Quanto ao diesel, a cotação na refinaria também foi mantida nesta sexta-feira em 2,2470 reais por litro.
A última alteração no preço do óleo se deu em 18 de abril e o próximo reajuste só poderia ocorrer no começo de maio. Isso porque, ao contrário do que vale para a gasolina, no diesel a Petrobras só pode fazer alguma mudança após 15 dias ou mais, segundo informado pela empresa no fim de março.
Os atuais patamares de preços de gasolina e diesel seguem como os mais altos desde o fim de outubro e levam em consideração a média de cotações em diversos pontos de venda Brasil afora --a divulgação detalhada começou nesta semana pela petroleira.
A política de preços da Petrobras, que a empresa diz estar alinhada ao mercado internacional, visando garantir competitividade domesticamente, está em vigor desde 2016, tendo passado por aperfeiçoamentos que diminuíram a frequência de reajustes.
Até agora em abril, por exemplo, o diesel teve apenas uma elevação, de 4,84 por cento, no dia 18, logo após a polêmica envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, que pedira a suspensão de um aumento maior informado anteriormente.
Quanto à gasolina, foram duas altas, uma de 5,61 por cento no dia 5 e outra de 2,05 por cento na última terça-feira.
Em abril do ano passado, o valor do diesel praticado pela Petrobras nas refinarias não passou um dia útil sequer sem ser reajustado. A sequência de altas naquele momento desembocou em uma paralisação histórica de caminhoneiros em maio.
Já a gasolina teve seu preço na refinaria mantido em abril de 2018 em apenas quatro ocasiões.
A Petrobras tem reiterado autonomia e dito que sua política de preços segue a paridade internacional, não incorrendo em perdas. Importadores, contudo, divergem e disseram nesta semana haver grande defasagem ante as cotações do exterior.
(Por José Roberto Gomes)