Investing.com - A Petrobras consolidou o movimento de queda nesta quinta-feira (13/4) acompanhando o petróleo que passou a cair no mercado internacional.
A ação preferencial (SA:PETR4) da companhia é negociada abaixo dos R$ 14,50, queda de 1,2%, em seu terceiro pregão consecutivo de perdas. Com a pressão de baixa, o papel se aproxima dos R$ 14,42, menor valor de negociação em abril.
O papel ordinário (SA:PETR3) cede mais de 2% e é vendido a R$ 14,90, menor valor desde o final de março.
No noticiário, a companhia fez pressão para a liberação do cumprimento do conteúdo local. Em apresentação, a Petrobras informou que prevê gerar R$ 31 bilhões para o governo entre 2020 e 2025 pela produção do campo de Libra. A expectativa pode ser reduzida em R$ 6 bilhões caso a ANP não libere o pedido para reduzir o conteúdo local mínimo e atrase a entrada em operação das plataformas.
O papel também é pressionado com o aumento das tensões políticas locais com a publicação das delações premiadas da Odebrecht que tem poderá abalar a base aliada do governo e dificultar a aprovação das reformas, entre elas a da Previdência. No cenário internacional, as incertezas geopolíticas provocadas pelas decisões e falas de Trump também criam um ambiente negativo de aversão ao risco, penalizando ativos mais inseguros como papéis em países em desenvolvimento.
Petróleo vira para o negativo
O petróleo virou para queda no fim da manhã do pregão com os investidores se dividindo entre as pressões de baixa com produção em alta dos EUA e redução da demanda global, segundo dados da AIE, e o maior equilíbrio do mercado global e a queda dos estoques nos EUA dando suporte à commodity.
O barril é negociado nos EUA a US$ 52,95, queda de 0,3%, e a US$ 55,60, recuo de 0,5% no Brent, em Londres.
Às 14h, a Baker Hughes divulga sua contagem de sondas em atividade nos EUA, o que é um indicativo da produção futura do país. Há treze semanas o volume de unidades contratadas tem aumentado, dando sequência a uma tendência de alta que ocorre desde maio de 2016.
O Ibovespa opera com perdas de 0,5% aos 63.500 pontos, com pressão da Petrobras e do setor bancário.