🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Petrobras pede ao Ibama análise de 10 áreas para projetos de usinas eólicas em alto-mar

Publicado 14.09.2023, 17:02
© Reuters.  Petrobras pede ao Ibama análise de 10 áreas para projetos de usinas eólicas em alto-mar
EQTL3
-
PETR4
-
WEGE3
-

A Petrobras (BVMF:PETR4) protocolou no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) pedidos de estudos para dez áreas na costa brasileira, visando a implantação futura de usinas eólicas offshore, disse nesta quarta-feira, 13, o diretor-presidente da companhia, Jean Paul Prates, durante o evento Brazil Wind Power, em São Paulo.

O executivo disse também que a experiência da Petrobras na extração de óleo e gás em alto-mar pode ajudar no desenvolvimento dos projetos. As áreas onde as usinas serão implantadas, afirmou, são relativamente rasas, o que poderia dar ao Brasil vantagens em relação a outros países também em relação à manutenção das usinas. "Temos que ousar como empresa grande, não só porque é estatal, mas por ser uma empresa grande", disse.

Segundo ele, os projetos de geração eólica da estatal, especialmente em alto-mar, têm sido desenvolvidos com responsabilidade e buscando todas as instâncias de aprovação.

Prates afirmou que a estatal já "está pronta para desenvolver o seu negócio offshore", sinalizando que seria necessário apenas dar andamento aos projetos do ponto de vista operacional. O tempo necessário para a efetivação dos projetos é de cinco até oito anos, afirmou.

Ele disse que a empresa está apoiando a instalação de um dos maiores centros de pesquisa de eólicas offshore em Natal, no Rio Grande do Norte, visando a expansão neste segmento. "Petrobras torna-se, hoje, a maior empresa com pedido protocolado junto ao Ibama", comentou.

Prates destacou que a empresa planeja entrar no mercado de energia via eólicas offshore para atender o mercado "independente de como ele estará configurado". "Nós já passamos da fase da autoprodução. Isso é uma dimensão de projeto que é completamente diferente. Estamos falando aqui de realmente chegar chegando, dos maiores projetos de geração de energia offshore do Brasil, então, evidentemente que é para gerar energia para o mercado", afirmou.

Ele mitigou eventuais críticas que parte do mercado financeiro poderia fazer à volta da empresa para a geração de energia, poucos anos após vender seus últimos ativos ao FIP Pirineus, em 2021. "Quando o pré-sal foi descoberto, todo mundo disse que seria inviável. O mercado financeiro é imediatista", comentou.

O presidente da Petrobras disse que não colocaria a empresa em "negócios malucos" e destacou que, além de ganhos financeiros, os projetos devem trazer vantagens tecnológicas e conhecimento sobre a atuação nesse segmento. "Vamos fazer uma transição energética com responsabilidade. Não se pode brincar com a Petrobras e colocá-la em projeto maluco."

Projetos protocolados

O gerente executivo de energia renovável da Petrobras, Daniel Pedroso, afirmou que a estatal tem protocolado 23 GW (gigawatts) de projetos em eólicas offshore. Segundo o executivo, a empresa já realizou um trabalho em conjunto com a Equinor por mais de 14 GW no mesmo modelo de negócios.

O gerente executivo de energia renovável da Petrobras acrescentou que está avaliando locais de potencial mais avançado e com pré-avaliação para futuras instalações de eólicas offshore.

Segundo Pedroso, do ponto de vista estratégico, a Petrobras também estuda a possibilidade de instalações de aerogeradores em águas rasas. "É importante olharmos para além de águas profundas", disse o executivo.

Em relação à energia eólica onshore (em terras), o executivo apontou que o Brasil produz atualmente 29 GW de energia eólica onshore.

A Petrobras também estuda aproveitar parte da geração de energia para alimentar suas plataformas de exploração e produção, acrescentou Pedroso. Ele assinalou ainda que a estatal almeja o desenvolvimento da geração de energia na Margem Equatorial (BVMF:EQTL3).

Aquisição de parques eólicos

O diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, acrescentou que a empresa tem planejado a realização de ações no curto, médio e longo prazos para o desenvolvimento da produção de energia elétrica a partir da matriz eólica no Brasil.

Para o curtíssimo prazo, Tolmasquim afirmou que a estatal está "analisando propostas de aquisições de parques eólicos" e que as iniciativas onshore (em terra) "podem já se transformar em realidade antes de 2025?. O executivo ressaltou, contudo, que as energias offshore estão programadas para um período mais adiante.

Ele afirmou que a empresa não investirá em projetos que não sejam rentáveis ao comentar a entrada da empresa no mercado de energia eólica offshore. "Essa fase é de estudar a área, os ventos, depois vem a fase dos custos, do capex e aí vamos avaliar a viabilidade. A Petrobras só entra em projetos quando o valor presente líquidos é positivo. A Petrobras não investirá se não for rentável, agora, a gente só vai saber isso depois que fizer os estudos", disse.

A empresa anunciou mais cedo uma parceria com a Weg (BVMF:WEGE3) para produção de um aerogerador de sete megawatts (MW) visando desenvolver expertise para equipamentos de maior porte a serem utilizados no mercado de eólicas offshore. A Petrobras investirá R$ 130 milhões, nos próximos 25 meses, no projeto que já está em andamento pela Weg.

Para a determinação da viabilidade será necessário avaliar os projetos, os custos de equipamentos e o preço da energia. "Neste momento, a gente não sabe, é um primeiro passo".

Tolmasquim afirmou que, embora a demanda seja uma preocupação que tem sido apontada por alguns grupos, a tendência é que, com a descarbonização global e adoção de iniciativas de eletrificação e potencial produção de hidrogênio verde, o consumo tende a aumentar exponencialmente. "Tem um mundo que vai demandar energia elétrica e a questão vai ser outra: de onde vamos tirar tanta energia, e não estou falando nem de carro elétrico."

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.