Investing.com – Após notícias de que a Petrobras (BVMF:PETR4) deve reduzir os investimentos para o próximo ano para cerca de US$17 bilhões, ante US$21 bilhões previstos atualmente no Plano Estratégico 2025-2029, conforme revelado pela agência de notícias Reuters, ainda que não haja confirmação deste valor e rondem dúvidas sobre a real magnitude do corte, o Itaú BBA entende que a medida é positiva para os proventos no curto prazo e calcula que o rendimento de dividendos total (dividend yield) pode chegar a 14,6% no período, incluindo distribuições extraordinárias.
O valor para 2025 a ser reduzido seria mais expressivo do que o estimado pelo banco em relatório divulgado anteriormente, e pode impulsionar a remuneração a acionistas da petroleira. “O novo plano daria prioridade a projetos que exijam menos investimento e que proporcionem retornos mais elevados e mais rápidos”, destaca o Itaú BBA, detalhando que a redução nos investimentos seria motivada pelo aumento nos preços dos equipamentos e limitações de financiamento.
Menor investimento, maior provento
Os investidores seguem atentos às estimativas de investimentos da petroleira de olho na remuneração na forma de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP). Os analistas Monique Martins Greco Natal, Eric de Mello e Bruna Amorim calculam que, se a empresa anunciar US$17 bilhões de investimentos para 2025, ao excluir cerca de US$2 bi de leasing, o investimento seria se cerca de US$14,7 bi para o período, ante projeção anterior US$16,2 bi.
O rendimento do FCF para 2025 poderia chegar a 17,1%, contra projeção anterior de 16,0%. Enquanto isso, o rendimento de dividendos ordinários poderia atingir 12,7%, ante estimativa de 11,9%, o que levaria a um dividend yield total de 14,6%, contemplando os proventos extraordinários.
O Itaú BBA possui indicação outperform para as ações da Petrobras, equivalente à compra, com preço-alvo de R$48 para ações preferenciais ao fim de 2025, e de US$17,5 para as American Depositary Receipts (ADRs).