Investing.com – Os papéis Petrobras (BVMF:PETR4) subiam na manhã desta segunda-feira, 31, após a estatal de petróleo anunciar sua nova política de dividendos e ter nota de crédito elevada pela agência de classificação de risco Fitch de BB- para BB. A manutenção de pagamentos trimestrais de acordo com uma fórmula pré-definida foi vista de forma positiva pelos analistas, assim como a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre da empresa, acima dos 40% esperados pelo mercado.
Às 11h10 (de Brasília), as ações ordinárias apresentavam acréscimo de 3,02%, a R$34,07.
Enquanto isso, as ações preferenciais estavam em alta de 2,89%, a R$30,62.
“A política de remuneração mantém seu objetivo de promover a previsibilidade do fluxo de pagamentos de proventos aos acionistas, ao mesmo tempo em que garante a perenidade e a sustentabilidade financeira de curto, médio e longo prazos da Petrobras, sem comprometer a capacidade de crescimento da companhia”, informou a Petrobras em fato relevante.
Na avaliação da XP Investimentos (BVMF:XPBR31), a maior parte da política foi mantida inalterada, incluindo pagamentos mínimos trimestrais. Entre as alterações elencadas pela XP, estão a recompra de ações como um mecanismo para devolver dinheiro aos acionistas e a diminuição do percentual de fluxo de caixa operacional menos capex a ser devolvido aos acionistas de 60% para 45%, com a expectativa consensual de que ficasse acima de 40%. “No geral, embora esta mudança seja negativa, é ligeiramente positiva face às expectativas anteriores”, pondera a XP.
Além disso, a definição de capex “agora considera não apenas aquisições de PP&E e intangíveis, mas também participações societárias (portanto, os riscos de M&A agora pesam diretamente na incerteza de dividendos)”, destacam os analistas Andre Vidal e Helena Kelm.
Assim, a XP espera um valor maior de dividendo no segundo trimestre deste ano, com declaração projetada em US$2,8 bilhões, ou R$1 por ação, levando a um dividend yield em torno de 3,5% para as ações preferenciais.
A XP mantém recomendação de compra para as ações, mas avalia que, neste momento, as juniores brasileiras de óleo e gás são um investimento de risco/retorno preferível.
Já a Ativa Investimentos completa que a regra retira gatilho de endividamento bruto de US$ 65 bilhões para ativação da política. “Agora, basta o endividamento bruto estar abaixo do máximo estipulado no planejamento estratégico. A mudança confere maior flexibilidade a empresa que não precisará alterar a política caso atinja um maior nível de endividamento”, afirma a Ativa.
Na visão da Ativa, a nova política deixa porta aberta para pagamentos de dividendos extraordinários e abre a possibilidade para execução de programa de recompra de ações.
“Com o mercado esperando um patamar de 40% do FCL, entendemos que os 45% devam ser bem recebidos pelos investidores. Ademais, a manutenção do pagamento com relação à geração de caixa e trimestralidade nos agradaram”, concorda.
Confira os gráficos e dados de distribuição de dividendos do InvestingPRO
Fonte: InvestingPRO
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