Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da tarde desta segunda-feira as ações da Petrobras (SA:PETR4) operam com forte queda, seguindo a queda do preço do barril do petróleo nos mercados internacionais. A preocupação com uma nova onda de infecções com coronavírus, com o crescimento do número de casos nos Estados Unidos, e também na China, acenderam um alerta para os investidores.
Por volta das 12h35, os ativos tinham perdas de 3,06% a R$ 19,98 na bolsa paulista.
Venezuela
A Petrobras informou a fornecedores que não vai contratar qualquer navio petroleiro que tenha visitado a Venezuela nos últimos 12 meses, disse a empresa na sexta-feira, sinalizando adesão às sanções impostas pelos Estados Unidos ao país.
Os EUA impuseram sanções este ano a petroleiros e empresas de transporte marítimo devido a negócios feitos com a Venezuela, na tentativa de reduzir as receitas obtidas com a exportação de petróleo pelo governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O governo norte-americano anunciou que pode ampliar a lista de sanções, o que teria impacto no comércio marítimo ao inflacionar o valor dos fretes.
A Petrobras disse em nota enviada por email à Reuters que reforçou a seus fornecedores que não vai aceitar ofertas de navios que “operaram na Venezuela durante o período de sanções (12 meses)”.
Produção
As refinarias de petróleo da Petrobras tiveram boa recuperação na taxa de utilização de capacidade, com uma melhora no mercado de combustíveis no Brasil, uma queda na importação de derivados e exportações recordes de óleo combustível, especialmente do produto para navios (“bunker”), afirmou a empresa à Reuters.
As unidades de refino do país, quase que todas elas pertencentes à Petrobras, voltaram a operar no patamar de utilização de cerca de 75%, bem próximo aos 77% verificados no período anterior ao início da pandemia de coronavírus, em 15 de março, conforme o mais recente boletim do Ministério de Minas e Energia (MME), com base em informação do final da semana passada.
Mas o MME não detalhou por que a Petrobras elevou a taxa de utilização das refinarias, ainda que o consumo de combustíveis no país esteja em patamar inferior ao normal, por conta das medidas de isolamento contra o coronavírus.