Por Gabriel Codas
Investing.com - Na tarde desta segunda-feira na bolsa paulista, as ações da Petrobras (SA:PETR4), Vale (SA:VALE3) e das principais siderúrgicas operam com forte desvalorização, seguindo o sentimento de aversão ao risco presente na sessão desta segunda-feira. O mercado segue preocupado com os impactos que econômicos com a pandemia do coronavírus e praticamente ignora as ações coordenadas dos bancos centrais para tranquilizar os investidores.
Com isso, por volta das 14h45, as ações da Vale perdiam 9,18% a R$ 38,95, com Petrobras recuando 14,03% a R$ 13,22. Entre as siderúrgicas, CSN (SA:CSNA3) desvaloriza 8,43% a R$ 7,28, Usiminas (SA:USIM5) perde 8,39% a R$ 6,88 e Gerdau (SA:GGBR4) em queda de 12,29% a R$ 10,92.
Minério de ferro
A jornada desta segunda-feira foi marcada por uma leve valorização nos preços dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian. O ativo com o maior volume de operações, com data de vencimento para maio deste ano, somou 0,53% a 661,50 iuanes por tonelada, o que representa avanço de 3,5 iuanes em relação aos 658,00 iuanes do dia anterior.
Da mesma forma, a abertura da semana teve ganhos nas cotações dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na bolsa de mercadorias da também chinesa cidade de Xangai. O contrato de maior liquidez, com entrega para maio de 2020, subiu 42 iuanes por tonelada, para um total de 3.553 iuanes por tonelada. Já o de outubro, segundo em liquidez, avançou 14 iuanes para 3.485 iuanes por tonelada.
Petróleo
No caso do petróleo, o preço do barril tem uma nova queda expressiva, com a decisão da Arábia Saudita de vender o barril de petróleo a US$ 25. Em Londres, o Brent tem perdas de 12,35%, ou US$ 4,18, a US$ 29,96. Já em Nova York, o WTI cai 9,44%, ou US$ 3,03, a US$ 29,08.
Um painel técnico da Opep e países não membros planejados para quarta-feira em Viena foi cancelado, em meio à falta de progresso em tentativas de mediação entre Arábia Saudita e Rússia depois do colapso de um pacto de produção envolvendo os países, disseram fontes à Reuters nesta segunda-feira.
Um acordo para limitar a oferta fechado entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados liderados pela Rússia, um grupo conhecido como Opep+, deve expirar ao final deste mês.
O painel cancelado, do Comitê Técnico Conjunto, assessora ministros da Opep+. O petróleo já caiu quase 40% desde que um encontro ministerial em 6 de março não chegou a um acordo para ampliar ou prorrogar os cortes de produção.