SÃO PAULO (Reuters) - A norte-americana Exxon Mobil (NYSE:XOM), maior petroleira de capital aberto do mundo, apresentou interesse em explorar áreas no pré-sal do Brasil, mas não há nenhuma negociação concreta entre a companhia e a Petrobras (SA:PETR4) para uma parceria estratégica, disse nesta terça-feira o presidente da estatal brasileira, Pedro Parente.
A fala do executivo foi feita após o The Wall Street Journal informar mais cedo que a Exxon e Petrobras estão negociando parcerias, de acordo com informações de pessoas próximas do assunto.
"Sob o ponto de vista de trabalhos com vistas a se ter parceria estratégica, nós não temos nada de concreto com Exxon, mas certamente houve por parte deles uma manifestação de interesse muito grande na exploração do pré-sal brasileiro", disse Parente, que falou brevemente com jornalistas após evento em São Paulo.
No início da noite, a estatal divulgou nota afirmando que "não há negociações em andamento para parcerias com a empresa norte-amerciana Exxon Mobil".
Segundo o jornal norte-americano, os termos de negociação da Exxon, a única grande petroleira do mundo sem uma atuação significativa no Brasil, ainda precisam ser concluídos.
As negociações para parcerias com a Petrobras também incluiriam potenciais compras de fatias nos blocos petrolíferos que o governo brasileiro vai leiloar este ano, de acordo com o jornal.
Uma parceria com a Exxon poderia dar mais fôlego para a Petrobras, uma das companhias de petróleo mais endividadas do mundo, realizar investimentos no pré-sal, que tem sido o foco de suas atividades.
A gestão de Pedro Parente na Petrobras tem privilegiado parcerias com grandes petroleiras globais. Em dezembro, a estatal assinou coma francesa total acordos avaliados em 2,2 bilhões de dólares.
No ano passado, a Petrobras também vendeu fatia de 66 por cento no bloco BM-S-8, onde está a área de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, para a norueguesa Statoil, em negócio também bilionário.
(Por Laís Martins)