Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta robusta nesta sexta-feira, 13, após uma sessão marcada pela volta do apetite ao risco nos mercados e com o dólar em queda ante rivais. Investidores seguem monitorando a demanda na China, que enfrenta uma nova onda de covid-19, e preocupações com a oferta de óleo, na esteira da guerra na Ucrânia.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho subiu 4,10% (US$ 4,36), a US$ 110,49. Na semana, houve alta de 0,65%. Já o do Brent subiu 3,82% (US$ 4,10), a US$ 111,55, na Intercontinental Exchange (ICE), com queda semanal de 0,75%.
De acordo com o TD Securities, há um aumento de risco do lado da oferta. "Isso ocorre apesar dos sinais preocupantes de oscilação da demanda por commodities, com os países da Opep+ provavelmente reduzindo sua produção de petróleo pelo segundo mês consecutivo. Enquanto isso, nosso rastreamento na China está mostrando uma recuperação acentuada da mobilidade", destaca, em relatório enviado a clientes.
Para Edward Moya, da Oanda, além da fraqueza do dólar apoiando as commodities, os preços do petróleo subiram com otimismo de que a situação da covid-19 na China não está piorando. "O foco durante grande parte da semana foi a incapacidade da União Europeia (UE) de chegar a um acordo sobre a proibição do petróleo russo, o que sugere que não teremos um choque imediato no mercado de petróleo", destacou, em relatório enviado a clientes.
Alto Representante da UE, Josep Borrell, mostrou esperanças hoje de que o bloco em breve chegue a um acordo para aprovar uma proposta sobre o petróleo russo, apesar de reservas manifestadas por alguns países. Borrell também afirmou estar esperançoso de que as negociações sobre o programa nuclear do Irã, atualmente em impasse, poderão chegar a um acordo. Em reunião do G7, a Ucrânia pressionou pelo embargo ao petróleo da Rússia, mas há relatos de que o bloco poderia recuar, diante da resistência da Ucrânia.
Em segundo plano, investidores acompanharam a divulgação do número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos, que subiu 6 na semana, a 563, informou hoje a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.