Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 16, pressionados por dados da inflação ao produtor (PPI, em inglês) nos Estados Unidos, que indicaram que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode continuar aumentando juros, o que pode levar a economia americana a uma recessão e prejudicar demanda da commodity. Também no radar, a reabertura da China ainda não está oferecendo sinais esperados de demanda, apontam analistas.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril de 2023 fechou em queda de 0,11% (US$ 0,09), a US$ 78,74 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 0,28% (US$ 0,24), a US$ 85,14 o barril.
Em sessão volátil, o petróleo chegou a operar em alta, contudo foi pressionado por dólar forte ante rivais durante parte do pregão e por temor de uma recessão nos Estados Unidos.
Além disso, investidores ainda digerem o grande crescimento nos estoques americanos de petróleo. A CMC Markets avalia que a incerteza sobre a demanda da China e os altos níveis de estoque nos EUA, divulgados na quarta-feira, ajudam a manter os preços sob controle no curto prazo.
Já o analista da Oanda, Edward Moya, aponta que será difícil para os preços do petróleo "expandirem" até que a reabertura chinesa ofereça sinais claros de que está alcançando o nível esperado.
Por outro lado, segundo o TD Securities, o conflito interno do mercado sobre o crescimento dos estoques e a perspectiva de fortalecimento da demanda deve continuar norteando negociações do petróleo.
"A reabertura da China está liderando a carga, já que um aumento nos horários de voos e na mobilidade continua a corroborar a visão de que a demanda por energia será um ponto positivo no complexo de commodities", observa o banco de investimentos.