Por Gabriel Codas
Investing.com - O Itaú Unibanco divulgou na tarde desta sexta-feira que seu levantamento do PIB Mensal (PM-Itaú) foi registrado crescimento de 3,3% em junho, na comparação mensal com ajuste sazonal. O indicador se encontra 7,2% abaixo do nível pré-crise (jan-fev). Na comparação com junho de 2019, o PM-Itaú recuou 5,9%.
O resultado reflete o crescimento disseminado na indústria, varejo ampliado e no setor de serviços. De acordo com IBGE, os crescimentos mensais para estes setores em junho foram, respectivamente, de 8,9%, 12,6% e 5,0% (com ajuste sazonal).
No mês, doze dos treze componentes do PM-Itaú avançaram na comparação mensal com ajuste sazonal. O único componente que não cresceu em junho foi o de serviços ligados à administração pública, que ficou estável. Os destaques positivos ficaram com a indústria extrativa (+10,3%), seguida pela indústria de transformação (+9,7%).
De acordo com o levantamento, os dados mostraram início da recuperação em maio e junho, o que gera um carrego estatístico favorável de +3,3% para o 3T20. A recuperação tem sido mais forte no comércio e na produção industrial, enquanto o setor de serviços prestados a famílias, mais impactado pelo isolamento social, se recupera mais lentamente. A confiança do empresário medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou aumentos importantes ao longo dos últimos meses, o que é mais uma indicação de recuperação da atividade econômica.
IBC-Br
O Banco Central divulgou hoje mais cedo o IBC-Br de junho, indicador de atividade econômico do Banco Central. A economia brasileira cresceu 4,9% em junho ante maio, sob o impulso da reabertura gradual da economia e das medidas de auxílio do governo. A expansão ficou acima dos 4,7% esperado pelo mercado.
Na comparação com junho de 2019, o IBC-Br apresentou perda de 7,05% e, no acumulado em 12 meses, teve recuo de 2,55%. Assim, a contração no segundo trimestre foi recorde, queda de 10,94%.
O recuo recorde no segundo trimestre soma-se à contração de 1,97% vista no primeiro trimestre ante o período imediatamente anterior
O IBC-Br mostra que o maior impacto das medidas de contenção da Covid-19 foi percebido em março (-6,12% sobre o mês anterior) e abril (-9,62%), meses de perdas recordes. Desde então a atividade vem indicando melhora na base mensal, com alta em maio de 1,6%.