Washington, 13 ago (EFE).- O Governo dos EUA fez nesta terça-feira um requerimento judicial para frear a fusão entre a American Airlines e a US Airways por considerar que atenta contra a concorrência, sendo que as duas empresas responderam que se defenderão "com vigor" perante uma decisão que consideram prejudicial para os passageiros.
A fusão, que começou a ser pensanda em 2012, com um valor de US$ 11 bilhões, terá como resultado "tarifas mais altas com menores serviços", afirmou a divisão de defesa da concorrência do Departamento de Justiça.
"Nos últimos anos, as grandes companhias aéreas conseguiram com sucesso aumentar seus preços, impondo novas tarifas e reduzindo os serviços", indica um comunicado do departamento.
O Procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, disse hoje que o transporte aéreo é vital para os americanos e que o Governo de Barack Obama está decidido a "lutar pelo interesse dos consumidores e assegurar a concorrência".
A fusão entre as duas empresas, que foi estipulada em fevereiro, poderia culminar num longo processo de concentração do setor de transporte aéreo nos EUA, que deixou as rotas cada vez em menos mãos, enquanto os serviços incluídos no preço foram reduzidos.
"A fusão, que resultaria na criação da maior companhia aérea do mundo, reduziria significativamente a concorrência na aviação comercial nos mercados locais ao longo dos Estados Unidos e levaria os passageiros a pagar maiores tarifas e receber menos serviços", explicou o Departamento de Justiça.
Na opinião de Bill Baer, responsável da divisão de antimonopólio do Departamento de Justiça, "a fusão de duas importantes concorrentes aumentaria a tendência atual de reduzir serviços, aumentar os preços das passagens e das tarifas adicionais".
A reivindicação conta, além disso, com o apoio de seis estados, entre eles o Texas, sede da American Airlines, e Arizona, sede da US Airways, assim como o Distrito de Columbia.
Os outros estados que apoiaram a iniciativa são Flórida, Pensilvânia, Tennessee e Virgínia.
Em comunicado conjunto, a American Airlines e US Airways asseguraram que armarão uma "defesa vigorosa e forte" contra a ação do Departamento de Justiça.
"Achamos que o Departamento de Justiça está errado em sua avaliação sobre nossa fusão. Integrar redes complementares de ambas as companhias beneficia os passageiros e é a motivação para nos unir. Bloquear esta fusão nega aos consumidores o acesso a uma maior rede e a mais opções", assinalaram.
O passo dado pela administração Obama põe freio às aspirações da American Airlines, terceira companhia aérea por fração de mercado nos Estados Unidos e em processo de reestruturação de sua dívida, e da US Airways, a quarta, de dominar o mercado doméstico.
A empresa conjunta contaria com um faturamento de perto de US$ 40 bilhões anuais, cerca de 94 mil empregados, 950 aviões, 6.700 voos diários a 336 destinos em 56 países, e um tráfego aéreo superior ao da até agora maior companhia aérea do mundo, a também americana United Continental.
O Departamento de Justiça detalhou hoje que AMR e US Airways concorrem na atualidade em mais de mil rotas, o que representa bilhões em ingressos e, "eliminar a concorrência direta, daria às companhias aéreas o incentivo e a habilidade de aumentar as tarifas".
A tentativa de fusão entre a AMR e US Airways é o último capítulo da onda de fusões no setor da aviação privada, depois que em 2008 a Delta Airlines e Northwest Airlines se fundiram, e dois anos depois foi a vez da United Airlines e da Continental Airlines.
O setor é dominado por companhias que passaram por processos de fusão, o que permitiu à indústria conduzir um menor categoria de preços, repartir as rotas e aumentar a rentabilidade com tarifas mais altas, além de reduzir os serviços, desde bagagens, mudança de reservas e comida a bordo.
Em 1978, os Estados Unidos desregularam o mercado da aviação comercial, o que levou a uma intensa concorrência entre um grande número de companhias aéreas.
Há uma década, as companhias aéreas que conseguiram sobreviver foram reduzidas a apenas quatro principais -Delta, United Continental, Southwest, e caso a fusão ocorra, American US Airways.
Essas quatro companhias controlariam 80% das rotas comerciais nos Estados Unidos, um oligopólio que o Departamento de Justiça considera prejudicial para os passageiros do transporte aéreo, um meio vital no vasto Estados Unidos. EFE
A fusão, que começou a ser pensanda em 2012, com um valor de US$ 11 bilhões, terá como resultado "tarifas mais altas com menores serviços", afirmou a divisão de defesa da concorrência do Departamento de Justiça.
"Nos últimos anos, as grandes companhias aéreas conseguiram com sucesso aumentar seus preços, impondo novas tarifas e reduzindo os serviços", indica um comunicado do departamento.
O Procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, disse hoje que o transporte aéreo é vital para os americanos e que o Governo de Barack Obama está decidido a "lutar pelo interesse dos consumidores e assegurar a concorrência".
A fusão entre as duas empresas, que foi estipulada em fevereiro, poderia culminar num longo processo de concentração do setor de transporte aéreo nos EUA, que deixou as rotas cada vez em menos mãos, enquanto os serviços incluídos no preço foram reduzidos.
"A fusão, que resultaria na criação da maior companhia aérea do mundo, reduziria significativamente a concorrência na aviação comercial nos mercados locais ao longo dos Estados Unidos e levaria os passageiros a pagar maiores tarifas e receber menos serviços", explicou o Departamento de Justiça.
Na opinião de Bill Baer, responsável da divisão de antimonopólio do Departamento de Justiça, "a fusão de duas importantes concorrentes aumentaria a tendência atual de reduzir serviços, aumentar os preços das passagens e das tarifas adicionais".
A reivindicação conta, além disso, com o apoio de seis estados, entre eles o Texas, sede da American Airlines, e Arizona, sede da US Airways, assim como o Distrito de Columbia.
Os outros estados que apoiaram a iniciativa são Flórida, Pensilvânia, Tennessee e Virgínia.
Em comunicado conjunto, a American Airlines e US Airways asseguraram que armarão uma "defesa vigorosa e forte" contra a ação do Departamento de Justiça.
"Achamos que o Departamento de Justiça está errado em sua avaliação sobre nossa fusão. Integrar redes complementares de ambas as companhias beneficia os passageiros e é a motivação para nos unir. Bloquear esta fusão nega aos consumidores o acesso a uma maior rede e a mais opções", assinalaram.
O passo dado pela administração Obama põe freio às aspirações da American Airlines, terceira companhia aérea por fração de mercado nos Estados Unidos e em processo de reestruturação de sua dívida, e da US Airways, a quarta, de dominar o mercado doméstico.
A empresa conjunta contaria com um faturamento de perto de US$ 40 bilhões anuais, cerca de 94 mil empregados, 950 aviões, 6.700 voos diários a 336 destinos em 56 países, e um tráfego aéreo superior ao da até agora maior companhia aérea do mundo, a também americana United Continental.
O Departamento de Justiça detalhou hoje que AMR e US Airways concorrem na atualidade em mais de mil rotas, o que representa bilhões em ingressos e, "eliminar a concorrência direta, daria às companhias aéreas o incentivo e a habilidade de aumentar as tarifas".
A tentativa de fusão entre a AMR e US Airways é o último capítulo da onda de fusões no setor da aviação privada, depois que em 2008 a Delta Airlines e Northwest Airlines se fundiram, e dois anos depois foi a vez da United Airlines e da Continental Airlines.
O setor é dominado por companhias que passaram por processos de fusão, o que permitiu à indústria conduzir um menor categoria de preços, repartir as rotas e aumentar a rentabilidade com tarifas mais altas, além de reduzir os serviços, desde bagagens, mudança de reservas e comida a bordo.
Em 1978, os Estados Unidos desregularam o mercado da aviação comercial, o que levou a uma intensa concorrência entre um grande número de companhias aéreas.
Há uma década, as companhias aéreas que conseguiram sobreviver foram reduzidas a apenas quatro principais -Delta, United Continental, Southwest, e caso a fusão ocorra, American US Airways.
Essas quatro companhias controlariam 80% das rotas comerciais nos Estados Unidos, um oligopólio que o Departamento de Justiça considera prejudicial para os passageiros do transporte aéreo, um meio vital no vasto Estados Unidos. EFE