LISBOA (Reuters) - Portugal, um dos países mais vacinados contra a Covid-19 do mundo, oferecerá doses de reforço da vacina contra o coronavírus a um quarto de sua população até o final de janeiro, informou o secretário da Saúde nesta quarta-feira, enquanto as autoridades tentam conter um recente surto de infecções.
O número de casos em Portugal atingiu uma máxima diária em quatro meses de 3.773 nesta quarta-feira. As mortes, no entanto, permanecem muito abaixo dos níveis de janeiro, quando o país enfrentou sua batalha mais dura contra a Covid-19, e a taxa de infecção é muito menor do que na maior parte da Europa Ocidental.
Cerca de 87% da população portuguesa de pouco mais de 10 milhões está totalmente imunizada e a implementação rápida da vacinação no país tem sido amplamente elogiada. Isso permitiu que Portugal suspendesse a maioria das restrições que adotou para conter a pandemia.
Mas, conforme outra onda se espalha por toda a Europa, o governo está se preparando para anunciar na quinta-feira novas regras para conter a propagação do coronavírus no período que antecede a temporada de fim de ano.
O primeiro-ministro, António Costa, disse na semana passada que o governo dificilmente imporá novamente um lockdown e que as medidas terão como objetivo "perturbar o menos possível a vida das pessoas".
Mais de 850 mil pessoas já receberam a dose de reforço. O secretário da Saúde, António Sales, disse em coletiva de imprensa que 2,5 milhões receberiam a dose adicional até o final de janeiro para enfrentar a "tempestade pandêmica que ainda não passou".
Pessoas com 50 anos ou mais que foram imunizadas com a vacina de dose única da Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) estão entre os indivíduos que receberão a dose de reforço, acrescentou Sales.
(Por redação de Lisboa)