WASHINGTON (Reuters) - Os preços das importações nos Estados Unidos caíram em agosto, em meio à queda no custo de derivados de petróleo e alimentos, sugerindo que a inflação importada pode permanecer limitada por algum tempo.
O Departamento do Trabalho divulgou nesta sexta-feira que os preços de importados recuaram 0,5% no mês passado. Os dados de julho foram revisados para baixo para mostrarem alta de 0,1% em vez de acréscimo de 0,2%, conforme relatado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que os preços das importações recuariam 0,4% em agosto. Nos 12 meses encerrados em agosto, os preços das importações caíram 2,0%, após recuarem 1,9% em julho.
Isso sugere que a inflação provavelmente permanecerá moderada, apesar do aumento dos preços ao consumidor subjacentes em agosto, o que poderia permitir ao Federal Reserve reduzir ainda mais a taxa de juros para limitar os danos à economia causados pelas tensões comerciais EUA-China.
Os preços de importação excluem tarifas. Em agosto, os preços de combustíveis e lubrificantes importados caíram 4,3%, após alta de 0,7% em julho.
Os preços do petróleo cederam 4,8%, após terem aumentado 0,9% no mês anterior. Os preços dos alimentos importados recuaram 0,3%, o quarto declínio mensal seguido.
Excluindo combustíveis e alimentos, os preços das importações permaneceram inalterados no mês passado, após subirem 0,1% em julho. O núcleo dos preços das importações caiu 1,1% nos 12 meses encerrados em agosto.
O custo dos bens de capital importados permaneceu inalterado pelo segundo mês consecutivo em agosto. O preço dos veículos e peças importadas subiu 0,1% no mês passado. Os preços de bens de consumo importados, excluindo automóveis, avançaram 0,1%.
O custo dos produtos importados da China caiu 0,1% em agosto, depois de ceder 0,2% em julho. Os preços tiveram queda de 1,6% nos 12 meses encerrados em agosto.
O relatório também mostrou que os preços de exportação cederam 0,6% em agosto, após subirem 0,2% no mês anterior. Os preços de exportação caíram 1,4% na comparação anual em agosto, após recuar 0,9% em julho.
(Por Lucia Mutikani)