A empresa de sementes e agroquímicos Corteva, dos Estados Unidos, teve prejuízo em operações continuadas de US$ 315 milhões, ou US$ 0,45 por ação, no terceiro trimestre deste ano, disse a companhia, na quarta-feira, 8, depois do fechamento do mercado financeiro. O prejuízo é 2,2% menor do que o registrado em igual período do ano passado, de US$ 322 milhões, ou US$ 0,45 por ação.
Em termos ajustados, o prejuízo foi de US$ 0,23 por ação. A receita líquida diminuiu 6,8%, para US$ 2,59 bilhões. Analistas consultados pela FactSet esperavam prejuízo de 0,44 por ação, prejuízo ajustado de US$ 0,24 por ação e receita de US$ 2,635 bilhões.
Na América do Norte, as vendas líquidas diminuíram 23%, para US$ 572 milhões. Na América Latina, a queda foi de 4%, para US$ 1,224 bilhão. Em termos orgânicos, as vendas caíram 23% na América do Norte e 18% na América Latina.
Na divisão de produtos para proteção de lavouras, as vendas líquidas diminuíram 11% no terceiro trimestre, para US$ 1,71 bilhão. A queda refletiu uma redução de 16% no volume de vendas e de 4% nos preços.
Essas reduções foram parcialmente compensadas por impactos favoráveis do câmbio e de aquisições, disse a Corteva. As vendas do segmento na América do Norte recuaram 23%, enquanto na América Latina caíram 6%.
No segmento de sementes, as vendas líquidas da Corteva aumentaram 2%, para US$ 878 milhões, refletindo um aumento de 14% nos preços e uma queda de 12% no volume. Na América do Norte, as vendas de sementes caíram 21%, e, na América Latina, 1%.
No fim de outubro, a Corteva reduziu suas estimativas de vendas para o restante de 2023. Segundo a companhia, a revisão foi motivada pelo enfraquecimento do mercado agrícola do Brasil, com produtores do País atrasando pedidos. Isso aconteceu por causa de fatores macroeconômicos, "incluindo inflação, taxas de juros e de câmbio, bem como produção recorde na safra 2022/23", justificou a empresa.
Para o ano todo, a estimativa de receita líquida foi reduzida para um intervalo entre US$ 17 bilhões e US$ 17,3 bilhões, em comparação com o guidance anterior de vendas entre US$ 17,9 bilhões e US$ 18,2 bilhões divulgado em agosto.
"Os resultados do terceiro trimestre e o desempenho de nossas operações ficaram amplamente alinhados com as expectativas que tínhamos estabelecido no trimestre anterior. No entanto, os indicadores do início do quarto trimestre no Brasil nos fizeram reavaliar as estimativas de vendas e lucros em Sementes e Proteção de Lavouras para o restante do ano, tendo em vista a importância do País para nossos negócios do quarto trimestre", disse em nota no fim de outubro o CEO da Corteva, Chuck Magro.
*Com informações da Dow Jones Newswires