Por Greg Bensinger
(Reuters) - Um dos principais executivos da Amazon (NASDAQ:AMZN) defendeu a nova e polêmica política da empresa para comparecer ao escritório nos cinco dias úteis da semana, dizendo nesta quinta-feira que aqueles que não apoiam a medida podem ir para outra empresa.
Em uma reunião geral da AWS, o presidente-executivo da unidade, Matt Garman, disse que nove entre dez funcionários com quem ele conversou apoiam a nova política, que entra em vigor em janeiro, segundo uma transcrição analisada pela Reuters. Aqueles que não quiserem cumprir podem se demitir, disse ele.
"Se há pessoas que simplesmente não trabalham bem nesse ambiente e não querem, tudo bem, há outras empresas por aí", disse Garman.
A política tem incomodado muitos funcionários da Amazon, que afirmam que ela os faz desperdiçar tempo com deslocamento e que os benefícios de trabalhar no escritório não são respaldados por dados independentes.
A Amazon vem aplicando uma política de três dias no escritório, mas seu presidente-executivo, Andy Jassy, disse no mês passado que a companhia ampliaria a medida para cinco dias a fim de "inventar, colaborar e estar conectada".
Alguns funcionários que não estavam anteriormente inclinados a concordar foram informados de que estavam "se demitindo voluntariamente" e foram bloqueados dos sistemas da empresa.
A Amazon, o segundo maior empregador privado do mundo, atrás apenas do Walmart (NYSE:WMT), tem adotado uma postura mais rígida em relação ao retorno ao escritório em comparação com muitos de seus pares de tecnologia, como Google (NASDAQ:GOOGL), Meta e Microsoft (NASDAQ:MSFT), que têm políticas de dois a três dias de presença no escritório.
"Estou na verdade bastante animado com essa mudança", disse Garman. "Sei que nem todo mundo está", disse ele, observando que é muito difícil atingir as metas da empresa com apenas os atuais três dias obrigatórios de trabalho presencial.
Um porta-voz da Amazon não comentou de imediato.
(Reportagem de Greg Bensinger)