Cairo, 23 dez (EFE).- O presidente do Banco Central egípcio, Faruq el Okda, negou neste domingo ter apresentado sua renúncia, como foi informado na véspera por meios de comunicação oficiais.
Okda disse aos jornalistas que a prova disso foi o fato dele ter participado hoje de uma reunião do grupo ministerial econômico do governo.
"Vocês são testemunhas de que participei desta reunião", afirmou Okda na sede do Governo, segundo declarações divulgadas pela agência oficial de notícias egípcia "Mena".
Ontem, a televisão local, citando uma fonte da presidência, informou da demissão de Okda, embora uma fonte do governo tenha negado sua saída do cargo pouco depois.
O jornal "Al Ahram" chegou até mesmo a apontar um substituto para Okda, o diretor do Banco Internacional Comercial, Hisham Ramiz, que já teria se reunido com o presidente egípcio, Mohammed Mursi.
Por sua parte, o presidente da Comissão de Relações Internacionais da Associação para o Desenvolvimento dos Negócios Egípcios, Osama Farid, explicou à Agência Efe que "a nova Constituição não permite que se renove o mandato" de Okda.
Nas últimas semanas surgiram rumores na imprensa egípcia sobre uma possível demissão de Okda. Enquanto alguns meios de comunicação apontavam motivos de saúde, outros destacavam as difíceis circunstâncias pelas quais passa o país após a revolução, com diminuição dos investimentos e do turismo. EFE