Por Gabriel Codas
Investing.com - O presidente do Banco do Brasil (SA:BBAS3), Rubem Novaes, entregou na segunda-feira, 21, sua renúncia ao cargo, com efeitos a partir desta terça-feira, 22, indicando que André Brandão deve ser oficializado ao posto. A nomeação de Brandão tem de ser assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, que deve receber o executivo amanhã, segundo fontes. O decreto que oficializará o novo presidente do BB tem de ser publicado no Diário Oficial.
Por volta das 10h36, os papéis do banco estatal subiam 1,75% a R$ 31,42, oscilando entre mínima de R$ 30,84 e máxima de R$ 31,57, com R$ 43,11 milhões de volume negociado. O desempenho das ações do BB é superior à alta do Ibovespa no momento da escrita, que subia 0,52% a 97.491 pontos, próximo à máxima do dia de 97.537 pontos, em dia que sinaliza recuperação aos mercados.
Rubem Novaes, de 75 anos, assumiu a presidência do BB no início da gestão de Jair Bolsonaro e comunicou sua saída em julho ao ministro da economia, Paulo Guedes, e ao presidente, alegando necessidade de deixar a cadeira para alguém mais jovem para conduzir a transformação digital da instituição.
Novaes era também defensor da privatização do BB, seguindo a linha do ministro Guedes.
Em julho, quando Novaes pediu demissão, o BB afirmou que a causa era o entendimento de que o banco "precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário". Novaes foi indicado ao cargo por Guedes em novembro de 2018 e ficou pouco mais de 18 meses no cargo.
Em agosto, Guedes afirmou que a indicação de Brandão partiu do presidente do Banco Central, Roberto Campos. Embora tenha dito "não conhecer" Brandão pessoalmente, Guedes declarou confiar na recomendação.
Na época, Novaes afirmou em entrevista à CNN Brasil que decidiu deixar o cargo por "não se adaptar à cultura de privilégios, compadrio e corrupção de Brasília". Ele não quis citar um fato específico e disse que se referia ao ambiente político da capital do país.