Berlim, 17 jun (EFE).- O presidente sírio, Bashar al Assad, advertiu que a Europa "pagará o preço" por fornecer armamento aos grupos opositores rebeldes, já que, segundo o próprio governante, todos são terroristas.
Em declarações ao jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" (FACE), que publicará uma entrevista com o presidente sírio amanhã e adiantou alguns extratos da conversa nesta segunda-feira, Assad alerta que, "se os europeus fornecem armas (aos grupos rebeldes), o terrorismo poderá se voltar contra a Europa, que pagará um preço por isso".
De acordo com Assad, o envio de armamento aos grupos opositores melhorará a formação de alguns rebeldes em combate e, em algum momento, eles acabarão voltando à Europa para cometer atentados.
Além disso, o presidente sírio nega as acusações de que suas tropas usaram armas químicas na luta com os rebeldes, como sustentam Estados Unidos, Reino Unido e França. "Se Paris, Londres e Washington tivessem uma só prova de suas acusações, já teriam apresentado para todo o mundo", completou Assad.
O presidente sírio, que justificou o apoio militar e diplomático vindos da Rússia e do Irã, também assegurou que os "terroristas rebeldes" carregam toda a responsabilidade pelo aumento da violência no conflito sírio.
De acordo com a ONU, pelo menos 94 mil pessoas morreram na Síria em mais de dois anos de guerra, enquanto centenas de milhares tiveram que deixar seus lares por causa dos combates. EFE