LISBOA (Reuters) - A promotoria de Portugal informou nesta sexta-feira que o presidente-executivo da Energias de Portugal (EDP (SA:ENBR3)), Antonio Mexia, é suspeito em uma investigação por corrupção, após a polícia ter feito buscas nos escritórios da companhia, da operadora do sistema elétrico REN e da divisão local do Boston Consulting Group.
O promotor disse em comunicado que a investigação envolvia centenas de milhões de euros em compensação estatal paga para o ex-monopólio da EDP em troca de contratos de compra de energia de longo prazo, como parte da liberação do setor energético iniciada em 2004.
Uma porta-voz da promotoria disse que Mexia, que desde 2006 gerencia a maior companhia de Portugal, era um dos suspeitos no caso. João Manso Neto, que lidera a divisão de energias renováveis da EDP, também é investigado.
Dois diretores da REN também fazem parte das investigações.
A EDP disse em comunicado que investigadores que fizeram buscas nos escritórios tiveram "acesso irrestrito a toda informação e toda colaboração foi dada para esclarecer os fatos."
Segundo a empresa, os suspeitos identificados eram os representantes que EDP que assinaram contratos de compra de energia à época.
(Por Daniel Alvarenga e Andrei Khalip)