Maior fundo de pensão do País, a Previ fechou setembro com um déficit acumulado de R$ 7,99 bilhões no Plano 1, que concentra a maior fatia dos recursos da fundação dos funcionários do Banco do Brasil (SA:BBAS3). Só no mês de setembro o desempenho foi negativo em R$ 2,55 bilhões. Dona de um patrimônio total de R$ 201,8 bilhões, a Previ atribuiu o resultado a impactos causados pela pandemia da covid-19 em seus investimentos.
"O terceiro trimestre de 2020 foi de extrema volatilidade para o mercado financeiro, cenário que ficou ainda mais desafiador com a chegada da segunda onda da pandemia de Covid-19 à Europa", diz o fundo em nota divulgada aos participantes.
No auge da crise, em março deste ano, a Previ chegou a amargar um R$ 23,59 bilhões. O fundo de pensão afirma, entretanto, que após acontecer em um ritmo mais rápido no primeiro semestre, a recuperação "está cada vez mais lenta devido à conjuntura instável".
No Previ Futuro, plano de contribuição variável, a rentabilidade de setembro foi negativa em 1,25% e o desempenho acumulado está negativo em 3,28%.
Hoje o portfólio do Plano 1 segue concentrado em investimentos em renda fixa (aproximadamente 47%) e em renda variável (43%) - segmento mais afetado pela crise, acumulando queda de 5,29% na rentabilidade no ano até setembro. O restante está dividido em investimentos imobiliários, operações com participantes, investimentos estruturados e no exterior.
Apesar do cenário turbulento em 2020, o fundo de pensão reafirma aos seus 195.980 participantes, em nota divulgada em seu portal, estar preparado para enfrentar a crise sem precisar vender ativos com valores depreciados, com uma gestão de liquidez efetiva, garantindo os recursos para o pagamento de benefícios.