Rio de Janeiro, 14 nov (EFE).- A economia brasileira sofreu uma retração de 0,52% no mês de setembro em comparação com agosto, sua maior queda em 11 meses, segundo um indicador da atividade econômica divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Central.
O chamado Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), ficou situado em 142,59 pontos em setembro, após ter chegado até 143,34 pontos em agosto.
Trata-se da primeira vez, desde março, que este indicador - que mede o comportamento de algumas atividades econômicas e serve para antecipar tendências do PIB - registrou um retrocesso em comparação com o mês anterior.
O resultado do IBC-Br em setembro colocou em dúvida as previsões do governo segundo as quais, após ter crescido apenas 0,6% no primeiro semestre, o PIB se recuperará no segundo semestre e terminará o ano com uma expansão de 2%.
Apesar do resultado de setembro, o IBC-Br acumulou no terceiro trimestre do ano um aumento de 1,15% em comparação com o segundo semestre.
O índice também acumulou um crescimento de 1,2% nos nove primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2011.
Segundo uma pesquisa realizada na semana passada pelo Banco Central, os economistas das instituições financeiras projetam um crescimento de 1,54% para este ano e de 4% para 2013.
Essa projeção é próxima à do próprio Banco Central (1,6%), mas muito inferior à do Ministério da Fazenda (2%).
O resultado do IBC-Br até setembro confirma a tendência de desaceleração do Brasil que, após crescer 7,5% em 2010, só expandiu 2,7% ano passado. EFE