QUITO (Reuters) - A procuradora-geral do Equador disse nesta quarta-feira que seu gabinete apresentará acusações contra o ex-presidente equatoriano Lenín Moreno e mais três dúzias de pessoas por suposta corrupção envolvendo a construção da maior usina hidrelétrica do país entre 2009 e 2018.
A investigação sobre a suposta corrupção, iniciada em março de 2019, agora tem a documentação necessária para que os promotores peçam à Corte Nacional de Justiça a realização de uma audiência de acusações de suborno contra Moreno e outros 36 suspeitos, disse a procuradora-geral, Diana Salazar.
A investigação "revela uma estrutura de corrupção em torno do projeto hidrelétrico Coca Codo Sinclair", disse a procuradora em uma mensagem publicada nas redes sociais.
A Reuters não conseguiu contatar Moreno imediatamente para comentar, mas ele disse no Twitter no ano passado que comemorou a expansão da investigação sobre o Coca Codo porque isso revelaria mentiras inventadas contra ele para encobrir corrupção.
Moreno têm dito que as acusações contra ele foram orquestradas pelo ex-presidente Rafael Correa, seu antigo mentor e depois inimigo.
Outros indivíduos nomeados pelo gabinete da procuradora também não puderam ser contatados imediatamente.
Moreno foi presidente do Equador entre 2017 e 2021 e vice-presidente entre 2007 e 2013.
A esposa de Moreno, uma de suas filhas, dois de seus irmãos e duas cunhadas também estão entre os suspeitos de terem conexão com o caso, disse Salazar.
(Reportagem de Alexandra Valencia)