Por Luciano Costa
SÃO PAULO (Reuters) - A produção de petróleo do Brasil em maio somou 2,765 milhões de barris por dia, com alta de 1,3% na comparação anual, mas recuo de 6,5% frente a abril devido a impactos da pandemia de coronavírus sobre o setor, disse a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta quinta-feira.
A produção de gás natural teve recuo tanto em base mensal quanto anual, de 7,8% e 3%, respectivamente, e atingiu 114 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d).
"A queda na produção se deve principalmente à parada das FPSOs Mangaratiba e Cidade de Angra dos Reis e à restrição na produção das plataformas P-67, P-74 e P-76", disse a ANP em comunicado.
A ANP acrescentou que 34 campos de petróleo e gás tiveram operações interrompidas temporariamente durante o mês de maio devido a efeitos da Covid-19, sendo 16 marítimos e 18 terrestres.
"Um total de 60 instalações marítimas permaneceram com produção interrompida durante o mês de maio, devido aos efeitos da pandemia", acrescentou a agência, em boletim de produção. No mês de abril, foram 38 campos e 66 instalações com produção interrompida pelo mesmo motivo.
A produção total de petróleo e gás natural no Brasil em maio foi de 3,485 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
A produção do pré-sal correspondeu a 67,8% do total no país.
EMPRESAS
A Petrobras (SA:PETR4) seguiu como líder absoluta na produção, com 2 milhões de barris de petróleo por dia em maio, estável na comparação anual, mas um recuo na comparação com abril (2,16 milhões bpd).
A anglo-holandesa Shell, na segunda posição, produziu 344,6 mil de bpd, contra 339,5 mil no mesmo mês do ano anterior, e também bombeou menos ante abril (382,6 mil).
A portuguesa Petrogal, da Galp Energia, produziu 94,2 mil de bpd, acima dos 91,5 mil no ano anterior, mantendo a terceira colocação entre as produtoras no país, mas também perdeu na comparação com abril (110 mil barris).