Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produção média de petróleo no Brasil em agosto somou 3,34 milhões de barris por dia (bpd), queda de 3,5% em relação ao mesmo mês de 2023, apesar de um avanço da extração em áreas do pré-sal nas bacias de Campos e Santos, apontaram dados da reguladora ANP nesta terça-feira.
A redução na produção se deu devido a uma queda de 260 mil barris/dia na extração de petróleo do pós-sal, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Já em relação a julho, houve uma alta da produção da commodity do Brasil de 3,4%, informou a agência.
Apesar do recuo geral na comparação anual, a produção do pré-sal em agosto somou 2,694 milhões de bpd, alta de cerca de 4% ante o mesmo mês do ano passado.
Procurada, a ANP não explicou os motivos da queda da produção imediatamente.
Durante agosto, a ANP reportou paradas programadas em Papa-Terra, no pós-sal da Bacia de Campos, que duraram quase todo o mês. A produção chegou a ser retomada, mas foi interrompida novamente em setembro, segundo a Brava Energia, ex-3R Petroleum, que projeta retorno em dezembro.
Além disso, houve um parada programada de 23 dias no Campo de Golfinho, também no pós-sal de Espírito Santo, entre outras.
A produção de gás natural no país, por sua vez, registrou média de 159,7 milhões de metros cúbicos por dia, alta de 8% na comparação com agosto de 2023 e avanço de 5,6% frente a julho.
Somando a produção de petróleo e gás, o Brasil produziu em agosto média de 4,345 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), sendo que 3,463 milhões de boe/d, ou a 79,7% do volume, nas áreas do pré-sal.
A Petrobras (BVMF:PETR4) , principal produtora do Brasil, como concessionária, produziu em agosto 2,05 milhões de bpd em agosto, queda de mais de 7% ante o mesmo mês de 2023.
Já a Shell (NYSE:SHEL) , segunda maior produtora do país, produziu 380,9 mil bpd, alta de cerca de 2,8% na mesma comparação.
(Por Marta Nogueira)