SÃO PAULO (Reuters) - A petroleira QGEP Participações afirmou nesta quarta-feira que o projeto de Carcará, uma importante aposta da companhia, poderá sofrer atrasos por fatores conjunturais da indústria e uma dificuldade de escoamento do gás na região, na Bacia de Santos.
A empresa do grupo Queiroz Galvão, que detém 10 por cento de participação no bloco BM-S-8, onde está Carcará, comentou informações prestadas na véspera por outro sócio na área, a portuguesa Galp, que estimou que seus projetos no pré-sal da Bacia de Santos sofreriam atraso médio de um ano em decorrência de fatores conjunturais da indústria, que sofre com um período de preços mais baixos do petróleo.
"Especificamente sobre o Bloco BMS-8, a Galp mencionou que o escoamento de gás é um desafio para o desenvolvimento do projeto Carcará", observou a QGEP em nota.
A Galp possui participação de 14 por cento no consórcio do bloco BM-S-8, a Barra Energia tem 10 por cento, e a Petrobras, que é a operadora, 66 por cento.
"Neste momento, contudo, a Companhia (QGEP) não possu
i elementos suficientes para estimar, com razoável grau de certeza, o impacto no cronograma do projeto. As consorciadas encontram-se atualmente avaliando as alternativas para o escoamento do gás do Bloco BM-S-8 e aguardam a divulgação, pelo operador, do seu Plano de Negócios", afirmou a empresa em nota.
Procurada, a Petrobras não comentou imediatamente o assunto.