O Credit Suisse elevou a recomendação para as ações da Ultrapar (SA:UGPA3), dos postos Ipiranga, de desempenho abaixo da média do mercado (underperform) para neutro. O preço-alvo foi ajustado de R$ 24,00 para R$ 23,00 para refletir no pagamento de dividendos um crescimento mais gradual da recuperação das margens da divisão Ipiranga.
O analista Regis Cardoso espera que o resultado da empresa seja modesto. O balanço será conhecido no dia 15 de maio.
“A principal desvantagem para os resultados pode vir da Oxiteno, com a queda dos preços. As demais empresas (Oxiteno e Ipiranga) provavelmente repetirão o desempenho recente”, analisa.
BR Distribuidora: Cardoso continua a preferir as ações da BR Distribuidora (SA:BRDT3) no segmento de distribuição de combustíveis. Ele reiterou a recomendação de compra (outperform) e ajustou o preço-alvo de R$ 34,00 para R$ 32,00 para refletir os pagamentos de dividendos.
“Nosso preço-alvo é uma combinação de 50/50 entre um cenário ‘business as usual’ (R$ 25,00/ação) e um cenário de ‘privatização’ (R$ 38,00/ação)”, revela o analista.
Desta forma, o analista continua a acreditar que as ações estão totalmente precificadas em um cenário de privatização, apesar da anunciada intenção da Petrobras de reduzir sua participação na BR Distribuidora por meio de uma oferta de ações.
“Além disso, as ações oferecem um ‘carry’ (pagamento contínuo) convincente com um rendimento estimado de dividendos de 9% para os próximos dois anos, enquanto as ações negociam a 8 vezes o Ebitda para 2020 em um cenário de sem privatização e sem grandes melhorias nas margens”, conclui.
A recomendação para a Cosan (SA:CSAN3), que controla os postos Shell, continua em neutra. O preço-alvo foi reduzido de R$ 24,00 para R$ 23,00.
Segundo o analista Regis Cardoso, a Cosan provavelmente apresentará resultados dentro da faixa do guidance anunciado recentemente, portanto, não deve ser uma surpresa para o mercado.
“A Raízen Energia deve ser sazonalmente mais forte devido à concentração de vendas de açúcar no primeiro trimestre e à dinâmica favorável de capital de giro”, explica.
Ele chama a atenção para que os investidores fiquem atentos à adoção do IFRS 16, que deverá aumentar a dívida financeira e os ativos da Raízen em R$ 4 bilhões, para R$ 5 bilhões.