BofA destaca cinco "riscos crescentes" que podem afetar o S&P 500
Investing.com - A rotação dos fluxos globais para mercados emergentes (ME) está ganhando força, mas o cenário é desigual entre regiões e classes de ativos. Em nota divulgada na segunda-feira, estrategistas do UBS destacaram cinco indicadores que mostram onde o impulso está se formando e onde ainda está ausente.
1) Fluxos dos EUA para ações de ME estão acelerando: Dados do Treasury International Capital (TIC) mostraram que os fluxos americanos para ações de mercados emergentes atingiram US$ 38 bilhões nos três meses até julho, o período mais forte já registrado.
Brasil, Hong Kong e Taiwan se destacaram, enquanto Índia, ASEAN e México continuaram a ver saídas líquidas.
"Em uma potencial bolha global de ações, as posições nesses mercados têm espaço para crescer", afirmaram os analistas.
O banco mantém posição overweight em ações da China, Brasil e mercados selecionados da ASEAN (Malásia, Filipinas, Indonésia).
2) Volume recorde de negociações northbound na China: O volume diário via Stock Connect atingiu níveis recordes, com negociações northbound operando 1,6 vezes acima dos níveis de outubro de 2024. Os analistas afirmam que os fluxos de varejo permanecem longe do superaquecimento, com financiamento de margem ainda na metade do pico de 2015 e depósitos domésticos cerca de 59 trilhões de RMB acima da capitalização do mercado de ações A.
Com avaliações ainda não exigentes, o banco mantém posição overweight no MSCI China.
3) Saídas persistentes de investidores locais: Na última década, os fluxos líquidos de portfólio em ME foram dominados por investidores locais, não estrangeiros. Dados recentes da Coreia, Brasil, Chile e Polônia mostram "nenhuma evidência de repatriação local até agora, mesmo com o enfraquecimento do dólar", escreveram os analistas.
As saídas cambiais do varejo coreano aumentaram, enquanto sinais mais claros de repatriação são visíveis em Taiwan e Israel. Os depósitos em moeda estrangeira também permaneceram estáveis, com os da China aumentando US$ 60 bilhões entre maio e agosto.
4) Essa persistência pode limitar as moedas de ME: O UBS afirma que a falta de repatriação de fluxos de portfólio, combinada com um crescimento comercial mais fraco e expectativas de cortes de juros do Fed menores do que o banco projeta, sugere que a queda do US$/ME pode estar em suas fases finais. "
Não seríamos compradores de US$/ME hoje – mas acreditamos que mais evidências de recuperação do crescimento dos ME serão necessárias para que a força das moedas se sustente até 2026."
5) Fluxos de dívida local são dominados por mercados de alto rendimento. Estrangeiros permanecem focados no Brasil, México, África do Sul e Hungria, onde os ciclos de flexibilização e rendimentos mais altos são mais atrativos.
O UBS afirma que mantém uma visão construtiva sobre a dívida local de ME, recomendando posições compradas no início da curva do Brasil, México e África do Sul, e posições compradas em HUF via opções.
"Vemos espaço para entradas estrangeiras mais fortes nessa classe de ativos adiante, mesmo que a venda do dólar modere, já que os ciclos de inflação EM-EUA provavelmente permanecerão mais dessincronizados do que em ciclos anteriores", disseram os analistas.
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