Por Luciano Costa
SÃO PAULO (Reuters) - A queda de três torres em um linha de energia que leva do Norte ao Sudeste do país a produção da hidrelétrica de Belo Monte deixou indisponível o empreendimento de transmissão, operado pela Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), uma parceira entre a chinesa State Grid [STGRD.UL] e a estatal Eletrobras (SA:ELET6).
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) disse em nota que o linhão saiu de operação às 22h58 do domingo e que vem "tomando as medidas operativas necessárias para garantir a continuidade do suprimento de energia no país" sem a estrutura, que tem mais de 2 mil quilômetros de extensão entre o Pará e Minas Gerais.
"No dia 14 de janeiro, após inspeção inicial da BMTE, o ONS foi informado pelo agente da queda de três torres desse sistema de transmissão, na divisa dos municípios de Ipameri e Catalão, no Estado de Goiás."
A causa da queda das três torres ainda está sendo avaliada, segundo o ONS, mas havia relatos de "vendaval na região no horário da queda".
O operador do sistema disse que não chegou a haver interrupção do suprimento devido ao problema e que entre as medidas para garantir a continuidade do serviço estão o acionamento de geração térmica adicional e despacho maior de outras usinas hidrelétricas.
Uma fonte disse que houve queda de torres ainda em um segundo linhão que ajudará a conectar Belo Monte ao sistema, esse em obras e sob responsabilidade também da State Grid, por meio da controlada Xingu-Rio (XRTE).
"Da XRTE foram três torres em Minas Gerais", disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato porque não tem autorização para conversar com a imprensa.
O ONS não tem informações sobre as torres da XRTE, porque o empreendimento ainda não está em operação, o que é previsto atualmente para junho.
Procurada, a State Grid não respondeu de imediato a pedidos de comentário.