Por Ron Bousso
LONDRES (Reuters) - A Shell (L:RDSa) pode ultrapassar sua maior rival, a Exxon Mobil (N:XOM), como maior geradora de caixa do setor de energia, depois que preços mais altos de petróleo e gás aliados a um melhor desempenho, impulsionaram sua receita em 2017.
O CEO da empresa, Ben van Beurden, não escondeu seu desejo de desafiar o domínio exercido pela maior petroleira listada no mundo, depois que sua compra de 54 bilhões de dólares pelo grupo BG, em 2016, levou a Shell ao segundo lugar em termos de produção.
A empresa anglo-holandesa divulgou nesta quinta-feira um lucro mais de duas vezes maior em 2017 ante 2016, de 16 bilhões de dólares, o maior desde o início da desaceleração de 2014, já que o efeito dos anos de redução de custos e de integração do grupo BG foi assimilada.
Ao comprara o grupo BG, a Shell se tornou a maior parceria da Petrobras (SA:PETR4) no pré-sal brasileiro e a segunda maior produtora de petróleo do Brasil.
"Entramos em 2018 com disciplina e confiança contínuas, comprometidos com a entrega de retornos fortes", disse Van Beurden em comunicado.
O fluxo de caixa das operações em 2017 subiu para 35,65 bilhões de dólares, de 20,62 bilhões no ano anterior, colocando a Shell a caminho de superar a Exxon, que deverá gerar 32,6 bilhões de dólares em 2017, de acordo com estimativas dos analistas da Jefferies.
(Por Ron Bousso)