Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O mercado reagiu de forma negativa ao balanço do quarto trimestre da Rede D'Or São Luiz (SA:RDOR3), o que já era esperado pelo Goldman Sachs (NYSE:GS). A empresa do ramo hospitalar trouxe um ebitda mais forte do que o esperado, mas a sua taxa de ocupação e os custos com funcionários deixaram a desejar no final do ano passado, de acordo com relatório emitido pelo banco.
Às 14h29, as ações da Rede D’or caíam 3,03%, a R$ 49,94.
A receita líquida cresceu 23% na comparação anual, para R$ 5,136 bilhões. Já o lucro líquido chegou a R$ 406 milhões, uma alta de 46% acima do resultado do 4T20. O resultado final foi impulsionado pelo impacto não recorrente da aquisição da GSH Corp Participações S.A. na linha de outras receitas, de acordo com o Goldman Sachs.
A Rede D’Or apresentou no 4T21 um Ebitda ajustado de R$ 1,285 bilhão, uma alta de 13% na comparação anual, mas o resultado ficou 12% abaixo do esperado pelo Goldman Sachs.
Essa diminuição desses números estaria relacionada aos custos de pessoal mais altos e à taxa de ocupação mais baixas, algo que segundo o banco tende a melhorar com o aumento dos procedimentos eletivos. No trimestre, a taxa de ocupação ficou em 76,5%, sendo que a empresa abriu 520 novos leitos operacionais.
Outro sinal de alerta que o banco levanta é a leve pressão observada na dinâmica de capital de giro da Rede D’Or. O fluxo de caixa líquido ficou negativo em R$ 592 milhões no 4T21, quando no 3T21 o indicador havia ficado em R$ 363 milhões negativos. O Goldman Sachs afirma que essa variação pode ser resultado dos efeitos da pandemia, mas é algo que vale a pena ser levado em conta em análises de trimestres futuros.
Ainda assim, o banco destaca que a Rede D’Or tem um histórico sólido, com execução de alto nível e vantagem competitiva de escala. Assim, o Goldman Sachs mantém a sua indicação de compra sobre as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 69.