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Relator amplia repasses da Eletrobras para baixar tarifa em projeto de privatização

Publicado 10.05.2018, 16:10
Relator amplia repasses da Eletrobras para baixar tarifa em projeto de privatização
ELET3
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Por Leonardo Goy

BRASÍLIA (Reuters) - O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), relator na Câmara de projeto de lei sobre a privatização da Eletrobras (SA:ELET3), entregou nesta quinta-feira seu relatório sobre a medida, que prevê algumas alterações no texto original, como uma obrigação maior de repasses da empresa a um fundo setorial, com o objetivo de reduzir tarifas.

Ele disse que pretende que a Eletrobras repasse à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) 40 por cento do valor adicionado a suas concessões com uma renovação dos contratos por 30 anos prevista em meio à desestatização, ante um terço previsto no texto original da matéria.

Essa ampliação, segundo ele, "contribui para a modicidade tarifária".

A CDE banca diversos subsídios no setor, e uma injeção de recursos pela Eletrobras no fundo ajudaria a reduzir a pressão sobre as tarifas dos consumidores ou até a baixá-las.

O deputado também acrescentou em seu relatório previsão de direcionamento pela Eletrobras de 170 milhões de reais anuais para o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), que já é controlado pela estatal.

Outra obrigação da companhia, não financeira, será a destinação, pela subsidiária Chesf, da energia elétrica necessária para a operação da transposição do São Francisco.

Segundo Aleluia, a transposição tem custos de operação e manutenção de mais de 500 milhões de reais por ano, dos quais "cerca de 60 por cento correspondem a despesas com energia elétrica".

REGRAS

O relatório manteve algumas regras já previstas para a privatização, como a criação de uma ação preferencial de classe especial de propriedade exclusiva da União, a "golden share", que permitirá ao governo poderes de veto em alguns temas estratégicos, como modificação de sedes ou nome da empresa e suas subsidiárias.

O texto também continua a propor um limite de até 10 por cento para a participação de qualquer grupo de acionistas na companhia, além de uma proibição a acordos de acionistas para criar blocos que tenham poder de voto maior que esse limite.

(Por Leonardo Goy)

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