Por Marc Jones e Jan Strupczewski
LONDRES/BRUXELAS (Reuters) - Um estudo da União Europeia sobre como mobilizar o poder de financiamento internacional do bloco vai ser entregue a ministros das Finanças na próxima semana, disseram fontes à Reuters, e trará três cenários para uma reestruturação mais ampla do setor.
O relatório feito por um grupo de “pessoas sábias” liderado por Thomas Wieser, veterano colaborador da UE, sugere maneiras para construir um banco de desenvolvimento europeu mais efetivo, destinado também a reduzir a redundância entre o Banco Europeu de Investimento, em Luxemburgo, e o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Berd), sediado em Londres.
As opções apresentadas incluem tornar o Berd o banco de desenvolvimento da UE voltado para o exterior, com foco principal na África, e o BEI o financiador interno, de acordo com três fontes com conhecimento do relatório que falaram sob a condição de anonimato.
Uma segunda possiblidade seria usar mais o BEI, ou uma subsidiária do banco, enquanto que a terceira opção prevê uma nova entidade que seria algo como uma joint venture entre os dois bancos, com a participação de bancos de desenvolvimento nacionais.
“A mensagem do relatório é voltada para a África subsaariana e o clima”, disse uma das fontes. “É também a resposta europeia ao que está acontecendo no espaço do desenvolvimento global, em que países como a China estão se tornando muito mais agressivos.”
Um porta-voz do BEI disse “esperar pelo relatório final e por discutir suas implicações com ministros das Finanças europeus na próxima semana”.
Um representante do Berd não quis comentar.
(Por Marc Jones e Jan Strupczewski)