Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordináriosDescubra ações agora mesmo

Renováveis em alta: Brasil vê disparar busca por certificado de energia limpa

Publicado 12.05.2021, 16:34
Atualizado 12.05.2021, 16:36
© Reuters. Painéis de energia solar 
26/04/2021. 
REUTERS/Matthew Childs

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil tem visto neste ano uma disparada no interesse de grupos locais e multinacionais de geração e comercialização de eletricidade pela certificação de sua energia limpa, à medida que empresas aumentam preocupações com sustentabilidade e compram papéis que asseguram a origem renovável de seu suprimento.

O movimento tem sido sentido por grandes empresas como a estatal paranaense Copel (SA:CPLE6) e a italiana Enel (MI:ENEI), enquanto o Instituto Totum, responsável no país pelas certificações às elétricas, conhecidas como I-RECs, disse à Reuters que elas devem mais do que dobrar na comparação com 2020.

Emitidos para empresas do setor de energia, os I-RECs são vendidos a clientes interessados em provar que utilizam geração limpa, como é o caso de companhias comprometidas com metas de redução de emissões ou enquadradas em índices corporativos de sustentabilidade.

"Para se ter uma ideia, fechamos o ano de 2019 com cerca de 2,5 milhões de I-RECs transacionados no Brasil. No ano de 2020, foram 4 milhões, e em 2021 nós já atingimos a marca de 4 milhões no final de abril", disse o diretor do Instituto Totum, Fernando Lopes.

"De fato, aumentou bastante mesmo... estimamos que devemos chegar a algo como 10 milhões de I-RECs neste ano."

Os certificados são emitidos para empresas que operam ativos renováveis que vão de hidrelétricas a usinas eólicas e solares ou à biomassa, após uma auditoria documental do Totum e pagamento de taxas. Cada I-REC equivale a 1 megawatt-hora em eletricidade.

Instalações solares de menor porte, conhecidas como geração distribuída, uma tecnologia que tem crescido rapidamente no Brasil, também podem obter certificação, segundo Lopes.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Ele disse que cerca de dois terços das emissões de I-RECs no país envolvem parques eólicos, enquanto o restante se divide entre usinas hídricas, solares e de biomassa.

Segundo ele, a demanda pelos I-RECs tem sido puxada por empresas que participam de índices de sustentabilidade corporativa de bolsas ou possuem metas de redução de emissões, uma vez que esses compromissos exigem alguma forma auditável de comprovação.

"As empresas, para terem essa chancela da rastreabilidade da energia, estão dispostas a pagar um valor por esse certificado", disse Lopes, ao destacar a crescente adesão do mundo corporativo à agenda ambiental, de sustentabilidade e governança (ESG, na sigla em inglês).

O presidente da unidade de comercialização de energia da paranaense Copel, Franklin Kelly Miguel, disse à Reuters avaliar que houve um salto na demanda pelos I-RECs desde a eleição de Joe Biden à presidência dos Estados Unidos, devido ao claro comprometimento do novo governo com energia verde.

"Com a eleição americana, os certificados passaram a ser demandados com maior frequência. Porque não adianta vender energia renovável para o cliente. Para fins de inventário, para cumprir todo o protocolo internacional, não serve para nada, eles precisam mesmo de uma certificação I-REC", afirmou.

"Hoje, nós temos solicitação toda semana, toda semana tem cliente pedindo. Ano passado isso era demandado uma vez por mês. Grupos grandes, empresas cotadas em bolsa, essas praticamente todas estão exigindo certificação, e antes não tinha essa demanda."

A Enel Trading, comercializadora de energia do grupo italiano Enel no Brasil, negociou no primeiro trimestre 1,5 milhão de I-RECs a serem entregues nos próximos anos, o que superou o montante de todo ano de 2020, de 1,39 milhão.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

"Para a Enel Brasil, ser parceira de empresas que queiram contribuir com um futuro mais sustentável, engajadas na agenda ESG, é a comprovação do nosso compromisso de gerar valor para a sociedade por meio da inovação e da produção de energia limpa”, disse o chefe da empresa no país, Nicola Cotugno, em nota.

Entre os clientes compradores dos certificados a companhia listou a Transwolff, concessionária de transporte público da cidade de São Paulo que buscou comprovar o uso de energia solar para abastecer sua frota de ônibus elétricos, além de uma "grande rede varejista" não identificada.

A Enel disse que possui certificados oriundos de sua hidrelétrica Cachoeira Dourada, entre Goiás e Minas Gerais, e de usinas eólicas e solares no Rio Grande do Norte e Pernambuco.

(Por Luciano Costa)

Últimos comentários

ORVR3 vai decolar por causas destas novas demandas
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.