Investing.com - A uma semana para o primeiro turno das eleições de 2018, as campanhas entram na reta final. Quem está na frente busca consolidar a posição e garantir vaga para o segundo turno. Já, os candidatos que figuram nas posições intermediárias nas pesquisas de intenção de voto, apostam as últimas fichas para reverter a tendência.
Um fator determinante para o mercado são as pesquisas eleitorais, que neste ano se tornaram quase que diárias. A cada novo número divulgado, os analistas buscam nos dados sinais que possam traçar a tendência de quem irá para o segundo turno e de quem tem chance de vencer a disputa e se tornar o próximo presidente do Brasil.
Os números divulgados durante a semana confirmam a tendência de o segundo turno ser disputado entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), com deputado na liderança. No entanto, as simulações de segundo turno mostram uma leve vantagem do petista, quase sempre empatados na margem de erro.
Desde a semana passada, a imagem de Bolsonaro passou a ser atingida, fazendo com que ele estacionasse nas intenções de voto. Um dos pontos que pesou negativamente na imagem do capitão da reserva foi a declaração de seu conselheiro econômico, Paulo Guedes, sobre a criação de um tributo nos moldes da CPFM. Além disso, Guedes também foi ligado a uma suposta fraude no mercado financeiro.
Novas falas polêmicas de seu vice na chapa, Coronel Mourão, a crescente rejeição especialmente no eleitorado feminino e a história de um litígio judicial com sua ex-esposa são outros fatores que podem contribuir negativamente para as pretensões de Bolsonaro.
A favor de Bolsonaro está a sensação de 'já ganhou' e o voto útil anti-PT que poderá atrair votos dos candidatos de centro e direita como Alckmin, Meirelles e Amoedo.
Do outro lado, consolidado na segunda colocação, Haddad começa a dar acenos ao centro, buscando um discurso mais conciliador. O objetivo é se mostrar ao mercado como um nome moderado e responsável. No entanto, o sentimento antipetista que cresceu durante o governo Dilma e as investigações da Lava Jato pesam e o seu nome não foi comprado pelos analistas.
Pela legislação, os institutos de pesquisa devem registrar as pesquisas no Tribunal Superior Eleitoral cinco dias antes da divulgação do resultado.
Os debates também são outro ponto fundamental para as atenções do mercado e dos eleitores. Até o dia 7 de outubro, são dois encontros previstos, mas que dificilmente devem contar com a presença de Bolsonaro, ainda em recuperação após ataque sofrido no início do mês.
Próximos debates:
30/09/2018 – TV Record
04/10/2018 – Rede Globo
Próximas pesquisas registradas no TSE:
30/09/2018 – MDA/CNT
1/10/2018 – FSB/BTG
1/10/2018 - IBOPE/Globo e Estadão
02/10/2018 - Datafolha/Folha e Globo
03/10/2018 – IBOPE/Globo e Estadão
03/10/2018 – Vox Populi/CUT