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Revitalizar a economia é principal objetivo do novo premiê japonês

Publicado 26.12.2012, 12:03

Andrés Sánchez Braun.

Tóquio, 26 dez (EFE).- Shinzo Abe assumiu nesta quarta-feira o cargo de primeiro-ministro do Japão com o desafio de revitalizar a terceira maior economia do mundo, que está à beira da recessão, por meio de uma série de medidas e com a criação de um ministério voltado exclusivamente para estimular o crescimento.

O novo ministro porta-voz do governo, Yoshihide Suga, ressaltou essa meta primordial ao anunciar a composição das pastas.

"O primeiro objetivo é nos recuperar do desastre (terremoto e tsunami de março de 2011) e também revitalizar a economia", afirmou, contundente.

Em campanha, Abe, de 58 anos e que já havia sido primeiro-ministro entre 2006 e 2007, prometeu que adotaria políticas destinadas a fazer com que o Produto Interno Bruto (PIB) do país, atualmente em recessão técnica, volte a crescer em torno de 3% por ano.

Entre as medidas propostas estão a de aumentar os investimentos em obras públicas, uma fórmula comumente empregada por sua legenda, o Partido Liberal-Democrata (PLD), que dominou de maneira quase ininterrupta durante mais de meio século a política japonesa até 2009.

Abe também defende que o Banco do Japão (BOJ) adote políticas de flexibilização monetária mais agressivas e eleve seu objetivo inflacionário a curto prazo (atualmente em 1%) para 2% com a intenção de combater a deflação endêmica e conseguir que o iene barateie, o que favorece os grandes exportadores japoneses.

O novo primeiro-ministro inclusive ameaçou revisar a lei que regula a entidade emissora para conseguir que seja aprovado o objetivo inflacionário se a junta de política monetária do BOJ não decidir elevá-lo ao término de sua próxima reunião, prevista para os dias 21 e 22 de janeiro.

A pressão exercida até o momento parece ter surtido efeito nos mercados de divisas, onde nos últimos dias o euro e o dólar foram negociados em seus maiores níveis em mais de um ano com relação ao iene.

No que diz respeito a seu governo, Abe elegeu como vice-primeiro-ministro, ministro das Finanças e ministro de Estado encarregado de Assuntos Financeiros um peso-pesado do partido, Taro Aso.

Este já lidou, como primeiro-ministro, com a crise financeira gerada pela queda do Lehman Brothers em 2008 e, além disso, é um aliado próximo do novo chefe de Governo.

O novo posto de ministro da Revitalização Econômica, criado por Abe exclusivamente para estimular o crescimento, será ocupado por outro homem de confiança, Akira Amari, político de 63 anos que foi ministro de Economia, Comércio e Indústria entre 2006 e 2008.

Toshimitsu Motegi, de 57 anos e ex-vice-chanceler, foi o escolhido para ocupar a pasta de Economia, Comércio e Indústria, e com ele ficará a responsabilidade de começar a dilucidar qual será o futuro energético do Japão após o acidente na usina nuclear de Fukushima em 2011.

O PLD se comprometeu a estudar nos próximos 3 anos se o Japão, um país com uma dependência energética do exterior quase total, abandonará ou não a energia atômica.

Para o cargo de ministro da Reconstrução das zonas devastadas pelo tsunami de março de 2011, Abe apostou em Takumi Nemoto, político de 61 anos nascido em Fukushima, uma das províncias mais afetadas por essa tragédia e que é onde fica a usina nuclear homônima.

Como chanceler, Abe optou por Fumio Kishida, de 55 anos, em um momento em que as relações com China e Coreia do Sul, dois dos principais parceiros comerciais japoneses, não vivem seus melhores dias por causa das disputas territoriais.

Kishida já foi ministro de Estado para os chamados territórios do Norte, um conjunto de ilhas na parte setentrional do arquipélago cuja soberania Japão reivindica à Rússia.

O novo primeiro-ministro terá ainda a responsabilidade de fazer com que seu partido chegue com o maior apoio possível ao pleito que será realizado em julho para renovar a metade do Senado, onde atualmente nenhum partido domina com maioria absoluta.

Se o PLD obtiver um número arrasador de votos nessas eleições, poderia controlar as duas câmaras do Parlamento, o que garantiria a Abe uma enorme margem de manobra. EFE

asb/id

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